A um mês do Mundial, Rúben Dias aponta a conquista do troféu como um objetivo que é possível concretizar.

«Mundial? É provavelmente o troféu mais especial para levantar. Sonhei com isso. Tento não pensar muito no assunto e mais sobre o que terá de acontecer para que isso aconteça. Temos uma equipa muito boa, temos jogadores muito bons, mas a chave é como esses jogadores podem trabalhar em conjunto», afirmou o defesa-central do Manchester City em entrevista à revista norte-americana Forbes, onde abordou a passagem do Benfica e a importância do avô durante a formação.

«Quando cheguei à primeira equipa do Benfica, eles não gostaram muito porque eu era muito jovem. Quando me juntei à primeira equipa, a reação dos capitães [Luisão e André Almeida] foi um pouco: "O que é que este tipo está a fazer?" Mas, no final, perceberam a minha forma de ser.»

Rúben Dias recordou quando na juventude trocou o Estrela da Amadora pelos encarnados teve no seu avô, Joaquim Dias, o seu grande apoio.

«Tive a sorte de ter um avô muito dedicado. Por vezes, o meu pai levava-me, mas sobretudo era o meu avô que fazia todo o trabalho mais difícil. O meu avô era uma pessoa muito humilde, mas, mesmo assim, dispensar aquele tempo todo da sua vida para cuidar de mim e ajudar-me todos os dias foi algo muito especial. Penso que a oportunidade de lá estar e viver o sonho comigo foi também algo que fez muito sentido para ele», lembrou o internacional português, revelando: «Ele era a pessoa que provavelmente estava mais feliz na minha estreia pela equipa principal do Benfica. Por vezes, hoje, quando vai para o hospital, veste a minha camisola. Está muito orgulhoso do que eu consegui. Quando penso [no que ele fez por mim], penso que um dia serei um avô, se tudo correr bem, e tomarei as mesmas atitudes com o meu neto.»

Rúben Dias recordou ainda os tempos do Estrela em que era avançado, mas no primeiro jogo tudo mudou. «A minha equipa estava a sofrer um pouco e eu acabei por correr por todo o lado. Estava a tentar falar com todos, a tentar organizá-los e fazer com que todos corressem juntos. Então, a dada altura, o treinador disse: "Rúben, vai lá para trás e vamos continuar assim." Desde então, nunca mais saí», concluiu.