Fernando Santos, em declarações na sala de imprensa da Friends Arena, após a vitória por 2-0 frente à Suécia, no segundo jogo da Liga das Nações:

«Acho que foi uma vitória justa num jogo com altos e baixos. Na sua totalidade, o jogo foi controlado por Portugal. Os primeiros vinte minutos foram muito difíceis. Sabíamos o que a Suécia fazia, do seu futebol direto e com os alas por dentro no apoio à segunda bola. Tivemos dificuldades em controlar essa situação. Ganharam a segunda bola e chegaram muitas vezes próximo da nossa área. Limitaram-nos a capacidade para sair a jogar e de trocar a bola. Depois encontrámos melhor a forma de resolver o problema e começámos a controlar o jogo. A Suécia já não conseguiu criar-nos mais problemas como até aí. Tivemos dificuldades na circulação de bola, podíamos tê-lo feito mais rápido, procurar jogo interior e virar flanco. Sempre que o fizemos bem, criámos problemas e ficámos perto do golo. Quando o fizemos de forma lenta, permitimos que a Suécia limitasse essas ações.

A expulsão foi fundamental. Além da expulsão, houve golo. Um jogador a mais é sempre importante. Ao intervalo disse aos jogadores que a Suécia não se ia render e ia continuar com dois avançados e com o alas a fechar por dentro. Foi o que aconteceu. Faltou fulgor à equipa. Tivemos algumas situações em que poderíamos ter sido mais rápidos a criar mais condições do que aquelas que criámos. Houve algum cansaço e isso reflete-se mais na forma rápida de pensar do que na de executar. Demorámos mais algum tempo que não é normal neste tipo de jogadores. Foi uma vitória justa.»

«Dizer mais o quê de Ronaldo? Não há mais nada a dizer. Uma equipa que tem o melhor do mundo, não pode ser melhor sem o melhor do mundo. Não há volta a dar. »

«Bernardo Silva? Perguntei aos jogadores na conversa matinal se tinham alguma limitação, disseram-me que não. Tirei-o rápido porque um jogador disse que ele tinha de sair. Rapidamente substitui-o. Ele terá feito uma lesão muscular, penso eu. Os médicos depois dirão. O João transmitiu-me que ele tinha de sair.»

[100 golos de Ronaldo]:

«É um prazer. Treinei-o quando ele tinha 18 anos no Sporting antes de ir para o Manchester United. Infelizmente ele saiu logo no início da época, foi uma pena. Já nessa altura se previa que seria um fenómeno. É o que ele é. Ele é um batedor de recordes. Quando todos acham que ele vai acabar, ele arranja mais um para bater. É a motivação dele. Fome? De títulos. Vem do ADN dele. Já quando tinha 18 anos era assim e vai continuar a ser nos próximos anos. Quer ganhar mais, mais e mais.»