O convite ao buzinão está a ser aceite esta terça-feira de manhã por muitos dos automobilistas que atravessam a ponte 25 de Abril, aderindo ao protesto contra o aumento dos combustíveis e do custo de vida.

O silêncio da passagem dos automóveis é frequentemente interrompido por buzinadelas, ora contínuas ora intermitentes, em resposta ao apelo do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSDP).

No meio do tabuleiro da ponte do Pragal, em Almada, está colocado uma faixa onde se lê «contra o aumento dos combustíveis e o custo de vida, buzinar buzinar».

Luísa Ramos, do MUSP, disse à Lusa que se estava a verificar uma adesão «espectacular», realçando que não houve grande divulgação dos protestos.

Acção visa também apelar ao fim das portagens na ponte 25 de Abril

Além do preço dos combustíveis e do aumento do custo de vida, esta acção visa também apelar ao fim das portagens na ponte 25 de Abril e a inclusão do comboio da Fertagus e do Metro da Margem Sul no passe social intermodal. «Não faz sentido uma portagem que penaliza a Margem Sul».

Com o somatório dos vários protestos previstos para hoje e dos últimos dias, o MUSP pretende obrigar o Governo a alterar a sua política «arrogante». O buzinão de protesto, a que aderiram várias organizações congéneres do MUSP, iniciou-se de manhã nos acessos à ponte de 25 de Abril e no Centro-Sul, mas a maioria das acções está marcada para entre as 17h45 e as 18h00, com o objectivo de «fazer sentir ao governo a insatisfação e a indignação» dos cidadãos pelos sucessivos aumentos dos combustíveis, disse à Lusa o presidente do movimento, Carlos Braga.

Em Lisboa, o «buzinão» vai ter lugar entre o Marquês de Pombal/Saldanha, Alcântara e Campo Grande/Parque das Nações. Realizam-se também iniciativas em Almada e no Seixal, entre as 17h00 e as 19h00.

Setúbal, Oeiras, Vila Franca de Xira, Loures, Azambuja/Alenquer, Porto, Vila Real de Santo António, Olhão, Silves, Lagos, Castelo Branco, Covilhã e Viseu são outras cidades com protestos agendados entre as 17h45 e as 18h00.