[Actualizada às 7h40]

Milhares de buzinas vão soar esta terça-feira, de Norte a Sul do país, numa acção nacional de protesto contra o aumento dos combustíveis. Logo pela manhã, cerca das 7h30, as primeiras buzinas fizeram-se ouvir na ponte 25 de Abril, num ensaio para o protesto da tarde.

«Contra o aumento do custo de vida e dos combustíveis, buzine» é o apelo do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos, à qual aderem várias estruturas congéneres, segundo escreve a Lusa.

«É uma forma de fazer sentir ao Governo a insatisfação e a indignação» dos cidadãos, declarou à Lusa o presidente do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), adiantando que estão confirmados mais de 70 «buzinões» em diferentes locais do país, incluindo as capitais de distrito.

As acções, que vão decorrer entre as 17h45 e as 18h, estão a ser mobilizadas por diversas comissões de utentes, sindicatos e organizações sócio-profissionais. «Será uma grande acção que vai contar com a participação de muitos milhares de cidadãos», acredita Carlos Braga, frisando que a situação criada pelos sucessivos aumentos do preço dos combustíveis com «implicações gravíssimas» sobre o custo de vida é «inadmissível».

«Não podem ser sempre os mesmo a ser sacrificados»

O presidente do MUSP considerou que o Governo «continua a não tomar as medidas que se impõem no que respeita às empresas petrolíferas». «Não podem ser sempre os mesmo a ser sacrificados. As empresas também têm de assumir responsabilidades no sentido de aliviar os sacrifícios dos cidadãos», acrescentou.

Carlos Braga reconheceu que algumas das medidas já anunciadas pelo Governo são positivas, como é o caso do gasóleo profissional, mas é preciso ainda «pressionar as empresas para assumirem compromissos para que não continuem a aumentar os combustíveis e os seus lucros, como aconteceu com a Galp que subiu o preço do combustível em mais um cêntimo, logo após o fim da greve dos camionistas».

Em Lisboa, o «buzinão» vai ter lugar entre o Marquês de Pombal/Saldanha, Alcântara e Campo Grande/Parque das Nações. Realizam-se também iniciativas em Almada e no Seixal, entre as 17h e as 19h, e um buzinão com marcha lenta entre as 7h e as 9h. Setúbal, Oeiras, Vila Franca de Xira, Loures, Azambuja/Alenquer, Porto, Vila Real de Santo António, olhão, Silves, Lagos, Castelo Branco, Covilhã e Viseu são outras cidades com protestos agendados entre as 17h45 e as 18h.