O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) apreendeu, na quarta-feira, documentos, meios informáticos, telemóveis e outros materiais utlizados na falsificação de atestados médicos para obtenção de autorização de residência.

A ação, em cumprimento de mandado judicial de busca, realizou-se em Lisboa, «no âmbito de um inquérito que investiga a prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos», referiu o SEF, em comunicado.

O SEF acrescentou que a falsificação de documentos reporta-se a «atestados médicos que comprovam a sujeição de pessoas a tratamentos prolongados, tendo em vista a obtenção de Autorizações de Residência nos termos da Lei de Estrangeiros».

A investigação está a ser conduzida pelo DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa e «permitiu referenciar, até ao momento, mais de meia centena de situações de obtenção de Autorização de Residência por parte de cidadãos estrangeiros alegadamente sujeitos a tratamento médico em dois centros hospitalares de Lisboa».

De acordo com o SEF, que constituiu um arguido, um cidadão nacional nascido em África, os cidadãos estrangeiros «pagaram por cada atestado médico uma quantia que varia entre 250 e 300 euros».