A Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (IST) considerou esta segunda-feira «exagerada» a decisão do presidente da instituição de proibir as praxes nas instalações da Alameda e Taguspark, na sequência de uma carta do ministro Mariano Gago, noticia a Lusa.

Num comunicado publicado no sítio do IST, Carlos Matos Ferreira decide «não reconhecer legitimidade a qualquer auto-denominada comissão de praxe», proibindo assim «a prática de praxes académicas nos campus da Alameda e do Taguspark».

A 10 de Setembro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou que será dado conhecimento ao Ministério Público de qualquer «prática de ilícito» nas praxes e serão utilizados os meios necessários para responsabilizar civil e criminalmente quem não evitar os danos ocorridos.

«O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sempre que tenha notícia da prática de ilícitos nas praxes, dela dará imediato conhecimento ao Ministério Público», refere Mariano Gago, numa carta enviada a todas as instituições de ensino superior públicas e privadas.

Para o presidente da Associação de Estudantes do Técnico, a proibição decretada por Matos Ferreira é «precipitada» e, sobretudo, «exagerada».

«A carta do ministro pede para que haja contenção e reacção no caso de praxes violentas mas o presidente do IST proíbe completamente. Acaba por ir além das palavras do ministro. A interpretação foi exagerada», afirmou Jean Barroca, em declarações à agência Lusa.