A Direcção Regional da Madeira do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) espera na Região uma adesão à greve geral da função pública de sexta-feira a rondar os 80 a 90 por cento, noticia a Lusa.

De acordo com António Monteiro, presidente do STAL/M, «a greve vai ser muito bem participada, a julgar pelas greves já efectuadas anteriormente e pelas mensagens que o sindicato tem recebido».

O STAL/M acusa o Governo da República de «que a situação que o país atravessa não foi criada pelos trabalhadores mas sim por políticos e gestores, irresponsáveis e despesistas que geriram e continuam a gerir mal o país».

O Sindicato dá vários exemplos, comparando os salários de entidades como o Governador do Banco de Portugal, da Caixa Geral de Depósitos ou do presidente da Águas de Portugal, cujos vencimentos mensais dão para pagar dezenas de cantoneiros de limpeza ou auxiliares de serviços gerais.

«Nós, sindicatos, dizemos que o que há a mais na administração pública são políticos e gestores que ganham milhares de euros e que desta forma esvaziam os cofres do Estado».

O STAL/M afirma que «os trabalhadores da administração pública são os mais mal pagos da Europa» e diz «não concordar que o Governo imponha um aumento salarial miserável para 2008 de 2,1 por cento, quando está previsto a inflação ser superior».

Congelamento de progressões de carreira

Os trabalhadores, acrescenta, vão lutar contra o congelamento de progressões de carreira, «contra o ataque selvagem à aposentação» e contra a obrigatoriedade de os trabalhadores reformados descontarem IRS.

O corte «vergonhoso» nas comparticipações da ADSE e a ameaça de despedimento de trabalhadores são outras das causas pelas quais o STAL pede mobilização geral para a greve de sexta-feira.