Cerca de mil pessoas aglomeraram-se à porta do Hospital de Anadia, tendo depois seguido em marcha até à «Rotunda do Ciclo» do IC-2, onde ergueram uma cruz, fazendo o mesmo no regresso ao Hospital, noutra rotunda do percurso.
Entoando frases de crítica ao Governo e ao ministro da Saúde, a multidão desceu do Hospital até à estrada nacional, de velas acesas numa mão e cruzes na outra. «As cruzes representam a morte que não queremos e com elas procuramos sensibilizar os automobilistas que diariamente passam pelo Concelho para a nossa luta pela reabertura da urgência», explicou José Paixão, do movimento «Unidos pela Saúde», que promoveu o protesto.
A circulação pelo IC-2 foi restabelecida pela GNR cerca de meia hora depois dos manifestantes terem chegado àquela via e após estes terem tomado o percurso de regresso ao Hospital.
Segundo José Paixão, «as acções vão continuar até à reabertura das urgências, porque as respostas de Lisboa continuam a não satisfazer». «Vamos continuar a manifestarmo-nos pelo que é justo, que é as portas da urgência voltarem a abrir e estamos aqui para lutar por um direito que é nosso, ordeiramente, mas com convicção e determinação», disse.
No protesto de hoje marcou presença o deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, que justificou a sua presença com a «solidariedade política ao povo de Anadia».
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