O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou, esta quarta-feira no debate quinzenal, uma segunda medida com vista a apoiar as pequenas e médias empresas (PME) em 2009, dada a crise mundial.

«O Governo decidiu aumentar para «mil milhões de euros, a nova linha de crédito PME-Invest II destinada às pequenas e médias empresas (PMEs)», anunciou depois de já ter avançado que também iria propor a descida do IRC de 25% para 12,5% nos primeiros 12.500 euros de matéria colectável, no Orçamento de Estado para 2009.

«No âmbito desta linha de crédito, que se acrescenta à linha de 750 milhões já utilizada, as PME beneficiarão de uma taxa de juro inferior à Euribor, que terá um período de carência e os seus financiamentos beneficiarão de uma garantia pública de 50% do seu valor», disse ainda.

No entanto, depois do primeiro-ministro ter anunciado o aumento da linha de crédito, o PSD reagiu de imediato alegando que esta medida ainda iria contribuir mais para o endividamento das empresas.

Em resposta, José Sócrates disse que o principal problema da economia portuguesa é o difícil acesso ao crédito, que «está mais caro».

«Tudo o que o Estado poder fazer para garantir o apoio o crédito é positivo», sustentou.

O primeiro-ministro foi ainda mais longe ao lembrar que os 750 milhões de euros disponíveis anteriormente esgotaram-se numa semana, pelo que estes mil milhões «são muito bem-vindos para as empresas» para poderem enfrentar com maior positivismo a actual conjuntura.