O hino da Liga dos Campeões voltou a ouvir-se em Braga 11 anos depois. Foi simplesmente arrepiante! E maior significado ganhou com o triunfo bracarense, mas que, ainda assim, deixou um sabor agridoce. O Sp. Braga esteve a vencer por 2-0 até ao fatídico minuto 90+5, altura em que os gregos do Panathinaikos marcaram.

Depois de uma primeira parte menos conseguida, a equipa de Artur Jorge entrou com tudo no segundo tempo, encostou o Panathinaikos às cordas e marcou: uma e duas vezes! Vantagem preciosa que os bracarenses tentaram guardar até ao fim. Contudo, Mancini acabaria por reduzir já nos descontos e deixou a eliminatória em aberto. Abel Ruiz e Álvaro Djaló marcaram os golos arsenalistas.

Entrada em falso

Os guerreiros parecem ter ficado com pele de galinha e ter acusado a pressão depois de ouvirem o hino da Champions, fazendo uma entrada em falso na partida. A formação grega, com as linhas muito subidas, criou dificuldades à turma bracarense nos minutos iniciais. Magnúnsson, logo no terceiro minuto, deixou o primeiro aviso com uma cabeçada a rasar o poste. Pouco depois, foi Mancini, de fora da área, a acertar com estrondo no ferro.

Os bracarenses iam perdendo muitas bolas e errando passes consecutivamente. Al Musrati, depois de uma entrada mais dura, dava sinais de não estar bem, mas foi aguentando. Nos arsenalistas, Bruma era o jogador mais esclarecido e o único que agitava com o jogo. À passagem do quarto de hora, o jogador português caiu na área grega e, de pronto, o árbitro assinalou grande penalidade. No entanto, alertado pelo VAR, acabou por anular o lance e marcar falta ao contrário.

O jogo foi esmorecendo, tal como os adeptos bracarenses, e só animou com a entrada de André Hora, que substitui o lesionado Al Musrati. O médio agitou o jogo arsenalista e trouxe mais qualidade no passe. E foi André Horta que ficou perto de marcar, com um remate em arco a rasar o poste. O Sp. Braga terminou o primeiro tempo com mais posse de bola, mas era evidente para todos que precisava de fazer muito mais para sair com um resultado positivo para o jogo da segunda mão.

Entrada forte vale golo

Os bracarenses tiveram uma entrada de autênticos guerreiros, fazendo um pouco aquilo que o Panathinaikos tinha feito no primeiro tempo. Com uma pressão alta, os arsenalistas recuperavam rapidamente o esférico e, depois, mostravam toda a qualidade que caracteriza esta equipa. De pé para pé, iam galgando terreno, ludibriando a defensiva grega. Foi assim que começaram a criar finalmente perigo.

Três minutos após o reatamento, Abel Ruiz desviou ao primeiro poste para excelente defesa de Brignoli. Dois minutos depois, o golo: jogada na esquerda de Bruma, endossa o esférico a André Horta que, com um pequeno desvio, deixa para Abel Ruiz rematar para golo. Estava feito o mais difícil para grande festa dos adeptos arsenalistas.

O Panathinaikos reagiu e esteve muito, muito perto de chegar, valeu o desacerto de Sporar. O avançado esloveno, que já jogou no Sp. Braga, teve a perdida do ano ao atirar por cima quando tinha a baliza completamente aberta. Mas, como se diz na gíria futebolística, quem não marca sofre e a formação arsenalista fez juz a ela.

Lançamento de linha lateral rápido, a apanhar a defensiva grega desatenta, Ricardo Horta coloca no meio onde apareceu Álvaro Djaló a fuzilar a baliza e a aumentar a contagem. O Sp. Braga ganhava uma preciosa vantagem de dois golos para o jogo da segunda mão, que iria tentar guardar com unhas e dentes até ao apito final. Porém, quando já se esperava o apito final, a formação do Panathinaikos conseguiu meter uma bola nas costas da defensiva arsenalista. Mancini, isolado, não perdoou e relançou a eliminatória.