Sporting-Rio Ave, 1-0 (destaques)

Estrela: Izmailov

Na espécie de guerra fria que foi o Sporting-Rio Ave, numa luta mais temida do que disputada, com mais ameaças do que ataques, valeu um míssil de Izmailov a definir o fim. Um instante de inspiração, dos raros que houve em Alvalade, que nem Huanderson quis desafiar. Foi só. Mas foi decisivo.

Positivo: Atsu

Regressou à titularidade para aproveitar a capacidade de explosão nas costas de um Sporting que se adivinhava lançado para o ataque. Uma aposta ganha: foi o mais perigoso da equipa. O mais expontâneo. Sobretudo em três remates, um obrigou Marcelo a brilhar, os outros rasaram o poste.

Negativo: Huanderson

Uma noite infeliz e com óbvios reflexos no resultado: a incapacidade do Sporting acertar na baliza até rendeu uma noite relativamente tranquila, até que um remate de Izmailov saiu do meio da rua, cheio de efeito, é certo, mas ao centro da baliza. O guarda-redes deu então um frango. E ditou a derrota.

Outros destaques:

Anderson Polga

Um erro grave, apenas um, no meio de noventa minutos muito bem conseguidos e que o tornam num dos destaques da noite. Falhou numa bola parada, João Tomás surgiu solto e quase marcou, mas no resto esteve certinho e até compensou colegas várias vezes. Em dois livres, de resto, quase marcou.

Diego Capel

Não teve uma noite perfeita, nem sequer brilhante, mas foi ainda assim dos melhores em campo. Sobretudo porque quando o jogo lhe chega aos pés ganha sempre profundidade: insistiu no duelo individual, quis criar desequilíbrios, rematou com muito perigo e deixou Insúa e Elias perto do golo.

Marcelo Boeck

Até pela forma surpreendente como Rui Patrício ficou em casa, os olhos colaram-se nele. Marcelo não teve um jogo difícil, mas correspondeu quando foi preciso: grande defesa a remate de Atsu. Em mais duas finalizações do mesmo Atsu e de João Tomás, desviou a bola com o olhar. A sorte faz parte...

Jean Sony

Boa exibição do lateral-direito do Rio Ave: a melhor sinal disso esteve por exemplo no facto dos maiores desequilíbrios de Capel terem sido criados na direita ou no centro. Pela esquerda nunca ganhou a linha de fundo. Sony saiu, além disso, com ponderação para o ataque e até rematou perto do poste.