O defesa central Luís Neto falou pela primeira vez após a fratura na grelha costal com pneumotórax sofrida a 8 de dezembro, no duelo ante o Moreirense, lembrando o que foi um momento de aflição, no qual ficou «logo com falta de ar», após ter levado involuntariamente com um joelho do guardião e colega de equipa Luís Maximiano.

«Quem me viu no chão, apercebe-se facilmente que tinha acontecido alguma coisa. Não estava a contar. Uma situação normal, a tentar bloquear o remate, estou completamente sem ideia de prevenção do braço para proteger-me. Nem vi o Max a sair da baliza – que fez muito bem, atenção. Às vezes fica nervoso, eu não estou chateado, mas sim, a pancada foi forte. Fiquei logo com falta de ar e senti, em algum momento, meio o olho a revirar, uma dor extrema», referiu o jogador português, em declarações à Sporting TV, salientando a «rapidez» na assistência.

«Tudo correu bem, foi rápido. Aos 63 minutos, altura em que perguntei o resultado no Hospital Santa Maria, já tinha anestesia, já respirava melhor. Parecia uma eternidade, mas em 35, 40 minutos, já estava estável e aproveito para agradecer ao Sporting e ao hospital, que fez tudo», referiu Neto, substituído ao minuto 27 do jogo da 13.ª jornada, que os leões venceram por 1-0.

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O internacional português constatou ainda que ficou certo de que não conseguiria continuar em jogo após o choque, que surgiu na tentativa de parar uma investida do extremo Luther Singh à baliza do Sporting.

«Tinha a certeza, quando recebi a pancada, que não conseguia continuar. Senti um bloqueio enorme a respirar, tinha o colete GPS e estava a fazer-me confusão. Estava com bloqueio a respirar, assustou-me. Nunca tinha passado por uma coisa idêntica. Dores que não quero voltar a ter», referiu.

O jogador de 31 anos espera «fazer uma boa recuperação, tentar em janeiro começar já com a equipa», mas mostra cautela, dada a especificidade da lesão. Neto frisou ainda o apoio dado pelo plantel, bem como a camisola que Bruno Fernandes exibiu no duelo com o Santa Clara, com o seu nome. «Foi um grande detalhe do Sporting, do Bruno, de todo o plantel», notou, detalhando ainda as fases do processo ainda no hospital. «Estive com analgésicos mesmo fortes, só dormia, tinha muitas dores. O importante agora é recuperar, pouco a pouco, sem pressas».