Ruben Amorim considera que o jogo deste domingo, em Alvalade, frente ao Famalicão, «é o mais importante» e nem quer ouvir falar do clássico com o FC Porto da próxima semana. O Sporting tem cinco habituais titulares em risco de falhar o jogo com a equipa de Sérgio Conceição, mas o treinador garante que o foco está totalmente no jogo deste domingo e quem não puder ir ao Dragão «não vai».

«É o jogo mais importante. Ainda não ganhámos ao Famalicão, sabemos da qualidade dos seus jogadores, têm um novo treinador e, agora, sofrem muito menos golos. Jogam com uma linha de cinco, mas quem faz a linha de cinco por vezes é o Ivo [Rodrigues] e passa a uma linha de quatro. Têm essas nuances», começou por enunciar na antevisão do jogo da 21.ª jornada da Liga.

O mais importante, para o treinador, é chegar ao Dragão com a menor diferença de pontos possível e isso passa por ganhar ao Famalicão. «A melhor forma de ir ao Dragão é ganhando ao Famalicão. É isso que queremos fazer, um jogo muito difícil em que queremos manter a nossa dinâmica. Queremos melhorar aquilo que foi o jogo lá, temos sempre essa referência. Olhar para as características dos jogadores que mudaram e encarar este jogo como mais uma final. É mesmo uma final», acrescentou.

Ricardo Esgaio, Porro, Palhinha, Pedro Gonçalves e Sarabia estão todos em risco de falhar o jogo no Dragão, mas Amorim garante que não vai poupar ninguém.

«Estão todos disponíveis. Sinto o grupo muito entusiasmado porque o sangue novo também ajuda nesta fase, desperta os jogadores, há movimentações e isso é tudo bom. A única maneira de os preparar e de os manter focados é estarmos a falar do Famalicão que é o mais importante. Não vamos poupar um único jogador do que estão em risco. Temos o Pablo, o Pote, jogadores da mesma zona, temos o Porro e o Esgaio, jogadores da mesma posição. Ao não fazermos nenhuma poupança, ao não provocarmos amarelos em certos jogos, eles vêm que o treinador está focado em ganhar ao Famalicão. Tenho tanta confiança nos jogadores. Se algum levar amarelo esta semana, não joga com o FC Porto, mas fica fresco para o City. Vamos fazer essa gestão. Para mim é mais fácil», explicou.

Amorim não se esconde e dá exemplos concretos. «Se o Palhinha levar amarelo, meto o Ugarte. Às vezes quero meter esses jogadores a jogar, mas os outros não deixam. O Palha não deixa, o Matheus é que não deixa o Bragança jogar mais vezes. Isso só me ajuda porque temos de estar muito frescos para todos os jogos. Em relação ao ciclo de jogos, acho que esta equipa vai ser muito melhor no próximo ano. É tão habitual jogarmos no Dragão, depois com o City, depois voltar ao Dragão. O FC Porto está habituado a fazer isso há anos. Nós vamos ficar habituados. Vejo isso com muito entusiasmo, todos têm de jogar, todos estão preparados», destacou ainda.

Um ponto que o treinador quis deixar bem claro. O jogo deste domingo, nesta altura, é mais importante do que o clássico. «Como já disse, este é o jogo mais importante, temos soluções para todas as posições e no mais importante é chegar ao Dragão, no máximo, com seis pontos de diferença. O resto, se algum jogador não puder ir, não vai. Temos de ganhar um jogo muito difícil, não temos ganho ao Famalicão como toda a gente, não vamos estar a fazer poupanças. Somos capazes de vencer os jogos seja qual for o onze que apresentemos. O mais importante é chegar ao Dragão com o máximo de seis pontos de diferença», insistiu.