O Sporting venceu sempre o Sp. Braga desde que Ruben Amorim mudou-se para Alvalade, mas o treinador alerta e lembra que os jogos com os minhotos foram sempre equilibrados e só um leão na «máxima força» pode voltar a vencer. Já esta época, o Sporting começou por bater o Sp. Braga na Supertaça, por 2-1, e depois voltou a vencer os minhotos, na Pedreira, logo à segunda jornada, também por 2-1.

«Tivemos essas vitórias sobre o Braga, mas houve jogos em que a diferença das equipas, no que diz à qualidade do futebol, em que os resultados não espelham isso porque são só vitórias para nós. Temos de ter noção disso. Eu tenho, a equipa técnica tem e os jogadores também têm. Temos de estar na máxima força para vencer este jogo», começou por referir na antevisão do jogo da 19.ª jornada.

Um adversário que Ruben Amorim conhece muito bem. «Conheço muitos jogadores, alguns já saíram, alguns também da formação, uns que o mister Carlos Carvalhal apostou, outros que já lá estavam do meu tempo. Portanto, tenho um conhecimento das características individuais dos jogadores, mas obviamente que isso não nos dá vantagem nenhuma. Temos de estar no máximo, temos de ser muito agressivos. Já conhecemos bem o Braga, mas o Braga também já nos conhece a nós. Espero que seja um grande jogo e que ganhe o Sporting, isso é que é o mais importante», acrescentou.

Um Sp. Braga que tem mudado muito, mas Ruben Amorim acredita que o essencial não mudou. «Não, de forma alguma, o treinador é o mesmo, eles têm uma identidade muito vincada, uma forma de jogar muito vincada, mantêm as caraterísticas que já tinham o ano passado. Obviamente que houve saídas e entrada, há uma aposta na formação do treinador e do clube, mas a ideia não mudou. Olhámos muito para os dois jogos que fizemos esta época, fizemos algumas alterações às individualidades, somos uma equipa diferente, o Braga também mudou algumas coisas e tivemos atenção a isso. Juntámos tudo, aos jogos que têm feito ultimamente e os nossos jogos e fizemos a análise normal para o jogo», comentou.

Um Sp. Braga que esta época ainda não venceu os grandes, mas Ruben Amorim não acredita que os minhotos venham agora jogar com um bloco mais baixo à procura de pontos. «Nunca vi o Braga a jogar em blocos baixos, escolhe é o momento certo para nos pressionar. Já houve jogos em que nos pressionou muito, lembro-me do jogo do ano passado, aqui, na primeira volta, em que o Braga nos pressionou logo na saída de bola. Na Supertaça não foi tanto assim, em Braga também não foi tanto assim, porque eles também sabem que nós somos bons na profundidade», explicou.

Nesse sentido, Ruben Amorim alerta a sua equipa para alguns perigos, dando especial atenção às desmarcações de Galeno. «Por vezes vai haver pressão alta, por vezes vão esperar mais o momento para desbloquear certos jogadores, como nós também fazemos. Temos de ter atenção à profundidade do Galeno. É completamente diferente jogarem com o Iuri [Medeiros], o ano passado jogavam mais com o Fransérgio e com o Horta. O Barga vai adaptar-se ao jogo, nós também. Quem estiver mais inspirado e mais concentrado e perceber melhor o jogo, vai vencer o jogo», referiu.

Carlos Carvalhal não vai estar no banco, por castigo, uma situação que o treinador do Sporting conhece bem. «Não nos dá vantagem, mas faz falta o treinador estar junto da equipa. Já no treino faz falta, num jogo então, mesmo que passe as ideias pela equipa técnica, é sempre diferente. É sempre difícil principalmente para o treinador. Eu já estive nessa posição, no último jogo do ano passado em Braga estava castigado e foi difícil o jogo. Obviamente que as equipas precisam do treinador dentro do campo, junto deles, mas não é decisivo», comentou ainda.