Jovane Cabral foi o «herói» do Sporting frente ao FC Porto, na meia-final da Taça da Liga e que levou os leões para a decisão com o Sp. Braga. As lágrimas do jogador no final do enconto foram vistas por todos os que acompanharam o encontro e nesta sexta-feira Ruben Amorim explicou um pouco o que tem sido a temporada de Jovane Cabral.

À pergunta sobre se Jovane seria titular, respondeu o treinador que o extremo «teve a sua semana de treinos», mas que só dizia que Tiago Tomás jogava de início porque «TT» assim o deixou antever instantes antes na sala de imprensa.

Mas sobre Jovane acrescentou muita coisa, desde logo para recordar o técnico que o antecedeu em Alvalade.

«O Silas e o departamento médico fizeram um trabalho extraordinário com o Jovane, que apareceu numa forma muito boa, quando nós entrámos», disse. 

Amorim repassou então o passado do jogador: «Depois foi preponderante no Sporting, como nunca tinha sido. Depois teve a lesão. Começou o ano, jogou a avançado e foi muito criticado. A culpa não é dele, é do treinador. Depois saiu da equipa, depois lesionou-se um bom período e agora está a voltar aos poucos.»

Por isso, Ruben Amorim entende as emoções de Jovane no final do encontro.

«Um jogador tão novo que vive isto ano após anos, é normal [que se emocione]. Ele é um miúdo muito sensível. Gostei do apoio todo dos colegas de equipas. Mas não damos benesses, damos oportunidades. Fez golo e, se Deus quiser, terá uma grande carreira», completou.

Anteriormente, Ruben Amorim recebeu uma pergunta sobre se há jogadores de segunda parte, numa alusão a Jovane Cabral, que leva esse rótulo colado, tantas foram as vezes que saiu do banco para ter impacto nas partidas.

«Eu penso que não há jogadores de segunda parte, mas temos de ter jogadores no banco que podem mudar o jogo», argumentou Amorim.

«Um dia é o Jovane, noutro pode ser outro. Já muitos treinadores disseram que há futebolistas que demoram a entrar. Aí, pode dizer-se que jogam melhor de início do que quando entram. Nós temos jogadores que querem jogar. Querem muito, têm muita ambição. Dão o máximo», concluiu.