Euro Sub19: geração a deixar promessas e a pedir oportunidades

Onze golos marcados e só dois consentidos; três vitórias, um empate [decidido favoravelmente nos penáltis] e exibições convincentes. A Europa, enfim, de olhos na Seleção Nacional portuguesa de sub19.

O primeiro objetivo foi alcançado: a qualificação para o Mundial de sub20 em 2015. E quem olha para este grupo de atletas percebe facilmente que o título europeu é também possível. Quinta-feira, diante da poderosíssima Alemanha, Portugal volta a ter uma seleção numa grande final.

Afinal, o que vale esta geração portuguesa? Está ao mesmo nível da congénere vice-campeã do mundo em 2011? Comparar é difícil, até ingrato.

Neste caso em análise, e conforme explica ao Maisfutebol Alexandre Silva - treinador dos sub19 do Salgueiros e observador atento do campeonato nacional de juniores -, «o grupo assenta essencialmente nos três grandes do futebol português».

«O selecionador Hélio Sousa privilegiou essas opções e acrescentou-lhes dois jogadores vindos do estrangeiro: o Rony, já bem conhecido, e o Jordan Machado, do Montpellier».

Assim é. Só na baliza as opções não encaixam na definição. Tiago Sá foi campeão nacional pelo Sp. Braga, André Moreira foi a revelação do CNS a defender no Ribeirão.

De André Silva conta-se tudo no artigo relacionado. Rony Lopes é outro elemento já bastante conhecido, pelo que tem feito no Manchester City. Em 2014/15 será emprestado ao Lille, da Ligue 1.

Há outros elementos a deixarem promessas e a exigirem oportunidades. «O FC Porto na última época tinha uma equipa fortíssima, mas não foi campeão. Conheço bem todos os seus elementos, até por partilharmos a região competitiva, e há evidente qualidade em todos os que foram chamados à seleção de sub19».

Tomás Podstawski, «pela maturidade», Rafa, «pela segurança» e por ter respondido «muito bem na equipa B» e Ivo Rodrigues «pela capacidade técnica» são jogadores a seguir com atenção.

Curiosamente, o atual responsável pelos sub19 do Salgueiros destaca ainda o jogador mais azarado do grupo: «o Nuno Santos tem muito bom nível. Passou pelo FC Porto, brilhou no Rio Ave e o Benfica veio buscá-lo. Tem excelentes capacidades».

Portugal está na final da prova, já com mais um atleta a mostrar predicados assinaláveis: Gelson Martins, um menino das escolas do Sporting.

Nos quatro jogos já realizados, só três jogadores completaram os 390 minutos em campo: Domingos Duarte, Tomás Podstawski e Ivo Rodrigues.

Guarda-redes:
André Moreira (Ribeirão): 7 internacionalizações
. 4 jogos no Euro (364 minutos)

Tiago Sá (Sp. Braga): 13 int.
. 1 jogo no Euro (26 minutos)

Defesas:
Rafa (FC Porto): 29 int./2 golos
. 4 jogos no Euro (385 minutos)

Domingos Duarte (Sporting): 14 int./1 golo
. 4 jogos no Euro (390 minutos)

João Nunes (Benfica): 16 int.
. 3 jogos no Euro (300 minutos)

Rebocho (Benfica): 31 int.
. 2 jogos no Euro (95 minutos)

Mauro Riquicho (Sporting): 8 int.
. 4 jogos no Euro (302 minutos)

Médios:
Rony Lopes (ManCity): 23 int./14 golos
. 3 jogos no Euro (278 minutos)

Raphael Guzzo (Benfica): 19 int./2 golos
. 4 jogos no Euro (191 minutos)

Francisco Ramos (FC Porto): 13 int./2 golos
. 3 jogos no Euro (197 minutos)

João Palhinha (Sporting): 14 int./1 golo
. 2 jogos no Euro (112 minutos)

Tomás Podstawski (FC Porto): 36 int./1 golo
. 4 jogos no Euro (390 minutos)

Jordan Machado (Montpellier): 9 int.
. 1 jogo no Euro (90 minutos)

Avançados:
André Silva (FC Porto): 23 int./16 golos
. 4 jogos no Euro (378 minutos)

Ivo Rodrigues (FC Porto): 14 int./7 golos
. 4 jogos no Euro (390 minutos)

Gelson Martins (Sporting): 20 int./7 golos
. 4 jogos no Euro (282 minutos)

Nuno Santos (Benfica): 15 int./3 golos
. 1 jogo no Euro (12 minutos)

Jorge Intima (ManCity): 9 int./3 golos
. 2 jogos no Euro (74 minutos)

Romário Baldé (Benfica): 4 int./3 golos
. 2 jogos no Euro (44 minutos)

[artigo original: 00h10]