Rui Jorge, técnico dos sub-21 de Portugal, em declarações ao Canal 11 após a derrota com a Geórgia por 2-0 no arranque do Europeu:

«Não conseguimos ser superiores na eficácia do jogo. Na primeira parte não jogámos tão rápido quanto deveríamos ter jogado em determinadas situações. Fomos controlados, não estávamos a criar muitas situações e fomos pouco agressivos. (...) Estávamos a pressionar bem o adversário, com o controlo do jogo, mas estava a faltar-nos um bocadinho de agressividade ofensiva. Tivemos pouquíssimas oportunidades na primeira parte ou nenhuma, mesmo. E com dois golos sofridos, tivemos de reagir de outra forma. Alterámos o sistema de jogo para a segunda parte, criámos algumas situações no início. O golo não entrou e quando o golo não entrou intranquilizou-nos um bocadinho, mas lutámos até final.

A expulsão dificultou e depois da expulsão já é um jogo só de coração. Até à expulsão ainda tentámos de uma forma organizada ir à procura do golo que nos permitisse reentrar na partida, mas depois foi apenas coração e muito risco no jogo.»

[Mexidas ao intervalo melhoraram a equipa. Olhando para trás, teria apresentado uma equipa diferente logo no início?]

«Eu acho que estávamos a jogar bem. Acho que estávamos a fazer uma boa primeira parte. Com alguma falta de agressividade ofensiva, volto a dizer, mas estávamos a provocar desgaste no adversário: estávamos a circular, a obrigá-los a correr e não estávamos a deixá-los sair. Claro que queria aquela primeira parte com mais alguma agressividade ofensiva.»

[Porque é que essa agressividade não aconteceu?]

«É um primeiro jogo. Existiram alguns movimentos onde a bola poderia ter entrado e preferimos manter a segurança no jogo. Uma questão de forma de pensar. Era o primeiro jogo, não queríamos correr alguns riscos, mas há zonas onde se pode e deve correr-se, mas não foi assim que aconteceu.»

[Sobre a tarde infeliz de Tomás Araújo, que comprometeu no 1-0 e foi expulso na segunda parte]

«A expulsão já é numa fase tardia do jogo. Já estávamos a correr algum risco, com alguma desorganização, muita vontade e menor discernimento. Tentou uma recuperação defensiva, estava em posição de dificuldade. (...) O erro que teve na primeira parte é um erro, ele sabe que é um erro, mas não foi por isso que perdemos.»

[O que fazer para recuperar a equipa?]

«O mesmo de sempre. Vamos continuar a treinar para nos exibirmos em bom plano. Foi um jogo ingrato para nós. O resultado não traduz de forma alguma o que se passou no jogo, mas a alta competição é assim. Os candidatos provam-se dentro do campo e esses normalmente têm grande eficácia, como nós tivemos na qualificação. E quando não estamos ao nível em que temos de estar, devemos ser penalizados. E acho que foi isso que aconteceu.»