O Sp. Braga assentou hoje um pé bem firme na final da Taça de Portugal 2023/23 ao golear o Nacional, na Choupana, por 5-0, em jogo da 1.ª mão de uma das meias-finais da competição.

Simon Banza fechou a partida como a figura do jogo, tendo em conta o grau de intervenção nos golos da equipa minhota, que veio à Madeira disposta a resolver a questão da eliminatória para depois poder pensar melhor no campeonato, onde se encontra na luta por um lugar num pódio que dá acesso à Liga dos Campeões.

O Nacional, que luta pela manutenção na II Liga, nunca atirou a toalha ao chão, mas fê-lo quase sempre para tentar marcar um tento de honra ante um adversário que, com muita competência e argumentos de sobra, é mesmo de outro campeonato.  

A formação madeirense entrou melhor na partida e protagonizou dois lances de grande perigo junto à baliza de Matheus, ainda antes dos cinco minutos, e na sequência de transições rápidas, com destaque para um desvio de Carlos Daniel.

Os bracarenses reagiram por Banza, num cabeceamento que saiu ao lado, e depois por Iuri Medeiros, com um remate desferido já no interior da grande que acabou por ser travado em esforço pelo guardião Lucas França, em cima do quarto de hora. O Nacional, que jogava olhos nos olhos, respondeu logo a seguir, com Pipe Gómez a aquecer as mãos de Matheus com um disparo à entrada da área.

Aos 21 minutos, Artur Jorge foi obrigado a mexer na equipa do Sp. Braga, por força da lesão de Castro, que foi rendido por Uroš Račić, e o sérvio precisou apenas de quatro minutos para corresponder à aposta feita na sua entrada no jogo. O Nacional perdeu a bola em zona proibida, recuperada por Banza, e o francês deixou para o médio, que depois de deambular pela meia-lua, disparou pé esquerdo sem hipóteses de defesa para Lucas França, que jogava pela primeira vez pelo Nacional na presente temporada.

O golaço do sérvio deixou os bracarenses mais tranquilos no jogo, retirando confiança aos comandados de Filipe Cândido, mas a crescente superioridade que os minhotos estavam a colocar em campo só conseguiu ser materializada com mais um golo a três minutos dos 45. Banza combinou bem com Pizzi e o português, bem desmarcado, limitou-se a picar perante a saída do guardião alvinegro. O tento ainda foi anulado pelo árbitro Cláudio Pereira, por indicação do fiscal de linha, mas o VAR reverteu a decisão, após uma análise algo demorada que descobriu que o criativo estava em jogo por 30cm.

Ao intervalo, e talvez já a pensar no próximo duelo para a I Liga, Artur Jorge trocou Víctor Gómez e Iuri Medeiros por Josafat Mendes e Álvaro Djaló. Das cabines voltou o mesmo onze do Nacional e um jogo em ritmo baixo que acabou por ser interrompido aos 53, por culpa duma grande penalidade cometida por Clayton sobre Banza, que Račić se encarregou de converter sem dificuldade.

A vencer por 3-0, os bracarenses procuraram descansar com bola, mas o Nacional fez questão de tentar a sua sorte. Carlos Daniel, aos 56, e Pipe Gómez, três minutos depois, puseram à prova a atenção de Matheus, com remates fortes de fora da área, mas à figura.   

Mas a noite era de Banza, apesar da insistência nacionalista. Após sofrer nova falta na grande área, o francês reclamou a marcação do castigo, elevando a contagem para 4-0. E já nos descontos, fechou a contagem com um golo algo acrobático, assistido por Pizzi.