Figura do jogo: Hjulmand inverte tendência

Teve a primeira oportunidade do jogo, com uma cabeçada a cruzamento de Gyökeres, mas foi no início do segundo tempo que acabou por deixar a sua marca mais forte neste jogo. Ao longo de toda a primeira parte já tinha estado uns furos acima de Daniel Bragança, tanto no controlo do meio-campo, como também no contributo que deu para a equipa sair do sufoco que o Benfica chegou a impor. No entanto, foi a abrir a segunda parte que o dinamarquês deu um pontapé na tendência do jogo. Servido por Gyökeres, o médio encheu o pé para um golo espetacular, com a bola a meia altura a entrar junto à trave, sem hipóteses para Trubin. Um golo que permitiu aos leões duplicar a vantagem que traziam de Alvalade e encarar os minutos frenéticos que se seguiram com muito mais tranquilidade. Depois voltou a ser importante a travar a nova reação do Benfica e continuou a ser o melhor dos leões, mesmo já com Morita ao seu lado.

Momento do jogo: golo a abrir a segunda parte

O Benfica tinha chegado ao intervalo claramente por cima do jogo, mas foi o Sporting a abrir o marcador, depois de Ruben Amorim corrigir posições ao intervalo. Gyökeres regressou a jogar sobre a direita e foi desse corredor que o sueco, com todo o tempo do mundo, fez a assistência para remate imparável de Hjulmand. O Sporting, nesta altura, dobrava a vantagem e ficava numa posição bem mais tranquila para gerir a eliminatória.

Outros destaques:

Franco Israel

Uma exibição corajosa e, em alguns momentos, determinante. Destaque para uma mancha crucial a Di María, mas também para uma saída arrojada aos pés de David Neres ainda na primeira parte. Já na segunda parte, com o resultado em 2-2, voou para anular um golo feito a Di María. O argentino rematou cruzado, de trivela, com a bola a desenhar um arco e a fugir do guarda-redes. Di María já tinha voltado as costas à bola para ir festejar, mas o uruguaio, a voar, ainda chegou lá para afastar a bola com uma palmada. Mais uma vez, determinante!

Gyökeres

Uma primeira parte com pouca bola, mas com muito combate. Ganhou muitas das bolas lançadas em profundidade por Israel, mas depois não teve apoios para prosseguir os lances. Ainda assim, fez uma assistência para Hjulmand cabecear por cima da trave. Logo a abrir a segunda parte, apareceu a jogar mais descaído sobre a direita e foi daí que arrancou a assistência para Hjulmand abrir o marcador. Teve depois uma oportunidade soberana para fazer o 3-1, logo a seguir ao golo de Paulinho, num lance típico do sueco. Procurou uma nesga à entrada da área, passou por dois adversários e atirou uma bomba que ainda arrancou tinta do poste de Trubin. 

Trincão

O melhor do ataque do Sporting ao longo de toda a primeira parte, deixando, mais uma vez, claro que é, nesta altura, um dos jogadores em melhor forma do plantel de Ruben Amorim. Tentou levar a equipa para a frente, mas também teve pela frente um Aursnes inerepreensível.

Coates

O melhor do trio defensivo dos leões. Com um Diomande muito displicente à direita, a perder muitas bolas, e um Inácio com pouco ritmo à esquerda e também pouco agressivo no ataque à bola, foi o capitão que teve de puxar dos galões para travar o melhor momento dos encarnados. Não teve mãos a medir, mas foi decisivo a travar as muitas investidas do Benfica pelo seu setor.

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