Saganowski
Frente aos compatriotas do Wisla, o reforço vimaranense rubricou a melhor exibição desde que chegou ao «berço», abrindo caminho para o triunfo do Vitória de Guimarães ao sofrer a grande penalidade que Cléber convertou com êxito. Uma vez mais, Saganowski ficou em branco, ele que, no campeonato polaco, nunca logrou marcar ao adversário de ontem, com a camisola do Légia de Varsóvia. O camisola 9 destacou-se pela entrega, pelo desgaste provocado na defensiva contrária e por inúmeras assistências, como ao minuto 69, servindo Mário Sérgio para o segundo tento dos locais. Saiu perto do final e foi saudado de forma efusiva pela massa associativa do Vitória de Guimarães.
Benachour
Apelidado de «Zidane da Tunísia», o pequeno artista encheu o campo, na sua estreia como titular, abrilhantando a sua exibição com um punhado de pormenores de classe. Para coroar uma prestação prometedora, nada melhor que um golo de bandeira, a selar o gordo triunfo vimaranense, com um pontapé «do meio da rua» que levou o esférico a entrar na baliza contrária pelo «sítio onde a coruja dorme», ou seja, ao ângulo da baliza do impotente Madjan. Qualidade de passe, visão de jogo e constante mobilidade, eis os predicados do jogador proveniente do PSG.
Cléber
O experiente defesa da formação vimaranense, no arranque da sua quinta época com o emblema do Vitória de Guimarães ao peito, inaugurou a contagem frente aos polacos do Wisla Cracóvia, na irrepreensível conversão de uma grande penalidade, O «capitão» da equipa orientada por Jaime Pacheco teve ainda o mérito de comandar um sector que cumpriu a sua missão, anulando as descoordenadas investidas contrárias, mantendo inviolada a baliza de Paiva.
Rogério Matias
De regresso à titularidade, depois de ter ficado na bancada na derrota frente ao Sporting de Braga, no passado fim-de-semana, o internacional português fez questão de mostrar a Jaime Pacheco que merece um lugar neste «novo» Vitória de Guimarães. Rogério Matias desdobrou-se com eficácia em missões defensivas e ofensivas, anulando Jean
Paulista com relativa facilidade e aproveitou a liberdade concedida aos laterais, fruto da estratégia montada pelo técnico vimaranense, para causar alguns estragos no último reduto contrário. Na etapa complementar, perdeu algum fulgor, mas nem assim deixou de marcar pontos na luta pela posição.
Cantoro
O médio argentino é, sem dúvida, o elemento mais evoluído tecnicamente num conjunto em que poucas individualidades se destacam. De facto, apesar de bem entrosada, a equipa polaca não apresentou argumentos técnicos e físicos para contrariar o Vitória de Guimarães, e mesmo Cantoro, que pautou grande parte do jogo da sua equipa na etapa inicial, acabou por desaparecer nos segundos quarenta e cinco minutos. Com bom trato de bola, foi, ainda assim, o melhor do Wisla Cracóvia definindo o ritmo, imprimindo velocidade, enfim, procurando a ordem no meio do caos.