A Anacom recebeu, o ano passado, 33.814 reclamações por escrito, 421 pedidos de informação, 123 petições, 34 sugestões e 287 comunicações de outra natureza, num total de 34.679 solicitações, avança a autoridade reguladora das comunicações.

«O número de reclamações registado traduz um aumento de 36% face ao verificado em 2007, o que em boa medida se deve ao aumento constante do volume de folhas do livro de reclamações», explica a Anacom.

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Das reclamações registadas, 75% provêem dos livros de reclamações, 18% chegam através de e-mail ou via balcão virtual, e 7% chegam através de carta ou fax.

Tal como nos anos anteriores, o sector das comunicações electrónicas continua a ser o mais visado nas reclamações. «Seja no âmbito das reclamações directamente dirigidas à Anacom (7.679 em 8.051), seja nos livros de reclamações (18.420 num total de 24.994)», refere o regulador.

Ao todo, o sector totaliza 26.099 reclamações, cerca de 79% do total. O sector postal é responsável por cerca de 20% das queixas.

Dentro das comunicações electrónicas, o serviço de acesso à Internet motivou o maior número de reclamações por cada 1.000 clientes, logo seguido do serviço telefónico em local fixo, com 2,46 reclamações por cada 1.000 habitantes e do serviço de distribuição de televisão por cabo, com 2,06.

Assunto mais visado é facturação

«No sector das comunicações electrónicas e ao nível das folhas dos livros de reclamações, houve uma preponderância das questões associadas a equipamento, assistência técnica, atendimento ao cliente e facturação», acrescentam.

Já no âmbito das reclamações directamente dirigidas a esta Autoridade, os assuntos mais visados nas reclamações foram os associados a facturação (com particular relevância para as situações de incorrecções nas facturas), a contratos (com uma grande incidência de situações de alterações contratuais) e a assistência técnica.

No que se refere às solicitações recebidas nos serviços de atendimento ao público da Anacom, foram registadas 7.319 solicitações, das quais 6.622 corresponderam a reclamações e as restantes 697 a pedidos de informação.

«A grande maioria das solicitações foi apresentada por via telefónica e incidiu sobre o sector das comunicações electrónicas, destacando-se o serviço telefónico em local fixo como o mais reclamado», rematam.