Cristian Garín assegurou ter parado o ponto quando ouviu a bola fora no encontro com Nuno Borges, nos quartos de final do Estoril Open.

O tenista chileno, depois de vencer o primeiro parcial (6-2), carimbou a passagem às meias-finais com uma vitória no «tie-break» do segundo «set», por 7-6 (7-3), após uma jogada polémica, na sequência da decisão do árbitro de entregar-lhe o ponto, apesar de a sua bola ido fora.

«Ouvi alguém chamar a bola fora, pensei que o ponto estava parado e ele não se mexeu. Não sabia se iam repetir ou dar-me o ponto. Tenho de ver [a repetição] porque ainda não vi. Eu parei o ponto quando ouvi a bola fora. Talvez esteja errado, mas vou ver. Ele parou o ponto. Não sei se estava certo repetir ou dar-mo a mim, mas foi assim», afirmou o chileno após o encontro.

«[Surpreendido com decisão] Não, porque pensei que ele tinha parado. Quando estávamos a discutir, ele [Nuno] disse que não tinha parado, mas para mim ele parou porque foi direto para ver a marca. Mas foi só um ponto. Depois disso, acho que jogámos mais uns 15 e o jogo foi um dos mais longos que já joguei. A atmosfera foi uma loucura depois disso e estou muito orgulhoso pela forma como lidei com isso. Mantive-me muito concentrado e foi muito bom para mim», acrescentou.

Garín eliminou o número um nacional ao fim de duas horas e 10 minutos, mas teve de lidar com um ambiente tenso nas bancadas, após a jogada polémica.

«Agora, estou orgulhoso, mas durante o encontro é um pouco irritante, porque cada vez que falhava ou fazia uma dupla falta eles vaiavam-me. Mas, de qualquer forma, já vi este tipo de coisas, tenho jogado a Taça Davis há muito e não foi a primeira vez. E eu percebo porque as pessoas queriam que o Nuno ganhasse. Já tenho experiência e tenho lidado cada vez melhor», sublinhou.

O chileno garantiu ainda que está a desfrutar do Estoril Open, onde conseguiu garantir a primeira qualificação para uma meia-final de um torneio ATP em dois anos.

«É tão importante, significa muito para mim. Desde terça-feira que tenho jogado muito bem, gosto de estar aqui em Portugal. Não pude jogar nos últimos anos e estou muito feliz por estar de volta. As condições são muito boas para mim, também tenho aproveitado a cidade e tem sido uma semana muito boa para mim. Há muito tempo que não chegava a uma meia-final. Tenho jogado muito bem e espero continuar assim», atirou.

Na próxima ronda, Garín terá pela frente o polaco Hubert Hurkacz, segundo cabeça de série do Estoril Open.

«Ele tem estado a ganhar grandes torneios, é alguém que respeito muito. Mas nas meias-finais nunca se sabe, há que competir. Vou competir. Hoje, sinto que lutei em todos os pontos e vou tentar fazer o mesmo. Vou fazer o meu jogo e tentar meter pressão», concluiu.