A contas com uma lesão crónica no pé esquerdo, Rafael Nadal admitiu ter jogado a final de Roland Garros com o pé esquerdo «adormecido» para não sentir dores.

«Joguei sem sentir o pé, porque levei injeções no nervo. O pé estava dormente para não sentir nada», disse ainda no court após conquistar o 14.º título da carreira no torneio parisienses e o 22.º Grand Slam.

Nadal não quis especificar quantas infiltrações levou, ele que semanas antes, no Masters de Roma, mostrou sinais alarmantes e levantou dúvidas sobre se conseguiria participar no segundo Major da época devido à mesma limitação que o obrigou a terminar preocemente a temporada em 2021.

Ainda assim, garantiu que não pretende jogar mais vezes desta forma, mesmo que isso lhe permita continuar na luta pelos grandes títulos. «Como já disse, dadas as circunstâncias atuais, não posso e não quero continuar a jogar [com o pé ‘adormecido’]», disse, depois, em conferência de imprensa.

Em dúvida está a participação no próximo Grand Slam, que começa no final do mês, mas o maiorquino prometeu que tentará estar presente. «Estarei em Wimbledon se o meu corpo estiver preparado para estar em Wimbledon. Wimbledon não é um torneio que queira falhar. Wimbledon sempre foi uma prioridade. Se puder jogar com anti-inflamatórios, sim [n.d.r.: estará presente]. Não quero colocar-me na posição de ter de jogar com injeções anestesiantes outra vez. Pode acontecer uma vez, mas não é uma filosofia de vida que queira seguir», reforçou, esclarecendo que o faz em Paris porque «Roland Garros é Roland Garros».