A Académica teve de sofrer a bom sofrer este domingo em Aveiro, num dérbi da região centro, para conseguir passar aos quartos de final da Taça de Portugal. Depois de uma primeira parte em que se adiantou no marcador com alguma naturalidade, viu-se dependente quase em exclusivo de Ricardo para evitar males maiores na segunda metade.

Com efeito, o guardião defendeu duas grandes penalidades, para desespero dos aveirenses, e colocou a equipa a salvo, quando os da casa tentaram tudo para chegar pelo menos ao empate. Um grande susto para os de Sérgio Conceição, que continuam em prova, mantendo a tendência das outras eliminatórias: sofrimento e Ricardo a defender grandes penalidades.

A Briosa entrou com uma postura de expetativa, deixando o Beira Mar pegar no jogo, talvez para perceber até onde os aurinegros conseguiram chegar. Mas a verdade é que, pese a grande vontade, os comandados de Jorge Neves pouco fizeram para incomodar os visitantes no início do encontro.

Os estudantes começaram paulatinamente a dividir o jogo, criando finalmente perigo para uma das balizas, mormente através de bolas paradas. Reiner Ferreira teve um primeiro cabeceamento por cima num canto, mas a segundo oportunidade falhada pelo brasileiro foi ainda mais imperdoável.

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Marcelo Goiano atira à trave num livre, a bola ressalta no relvado, e o central, completamente solto na pequena área, volta a atirar de cabeça por cima. Estava, definitivamente, dado o safanão na partida, com o acordar da Briosa.

O golo chegou logo a seguir, não de bola parada, mas num contra-ataque. Djavan subiu bem pelo seu flanco, fica a sensação que ia cruzar para o poste mais distante, mas é Magique quem se faz à bola na quina da área e bate Rego com um cabeceamento na passada.

Estava, por fim, reposta a diferença de escalões em causa neste jogo. O Beira Mar procurou reagir à desvantagem, balanceou-se mais no ataque, mas sempre com grandes dificuldades em vencer a defesa academista.

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O momento de maior aflição para os de Coimbra chegou logo na abertura da segunda parte, com um mau atraso de Reiner para Ricardo, com o guarda-redes a falhar o alívio, permitindo a interceção a André Sousa. O beira-marense rematou de pronto, mas o guardião conseguiu redimir-se e defender para canto.

O Beira Mar ganhou confiança, foi mantendo a baliza coimbrã debaixo de olho, e beneficiou de uma grande penalidade para chegar ao empate. Só que Luiz Gustavo não foi capaz de enganar um especialista nestes lances. Tudo na mesma.

A Académica voltou ficar por cima, com a entrada de Ivanildo, até atirou à barra num cruzamento de Djavan, mas o Beira Mar poderia ter marcado também. Isto antes do segundo grande momento da tarde para Ricardo: defendeu novamente um tiro dos 11 metros, agora com o pé, para desespero de André Nogueira.

Depois de um feito destes, não havia mais ânimo para nada do lado do Beira Mar. Ainda assim, fica na retina a segunda parte, em que os aurinegros só podem queixar-se da sorte e, claro, de Ricardo. O regresso ao Jamor já só está a duas eliminatórias para a Briosa...