Apesar da escalada do preço do petróleo do último ano e do seu efeito sobre o rendimento das famílias, os portugueses hesitam em deixar o carro em casa e a optar por transportes públicos.

É a conclusão global que se retira ao confrontar os dados do último ano fornecidos ao «Público» pelas maiores empresas de transporte público urbano, mesmo que se notem algumas diferenças entre as duas maiores áreas metropolitanas do país, com o Porto a dar sinais de um crescimento que não se verifica em Lisboa.

Registam-se sinais de quebra na Carris, Transtejo e Soflusa, contra uma tendência contrária nos transportes urbanos e suburbanos do Porto, CP, Metro e Fertagus, o que faz com que o resultado global não seja claro nem sustentado.

Se o prazo de comparação for alargado aos dois últimos anos, a tendência para uma maior procura de transportes públicos é mais visível, mas continua a ser «fraca» face ao encargo crescente de encher o depósito do automóvel, conclui.