«O Governo não intercedeu junto da CCDR recomendando este ou aquele traçado», disse Nunes Correia, reagindo à notícia avançada pela «SIC» que o Ministério do Ambiente tinha aprovado «o traçado de TGV entre a Ota e Pombal contra o parecer final da Comissão de Avaliação do projecto».
Segundo a agência «Lusa», Nunes Correia adiantou que o Ministério do Ambiente apenas «avalia o impacto ambiental dos traçados propostos e este é o menos mau».
O ministro do Ambiente afirmou também que «para uma obra desta magnitude não há qualquer dúvida que ela se possa fazer sem impactos negativos», sejam ambientais ou sócio-demográficos.
De acordo com Nunes Correia, a comissão de avaliação de impacto ambiental «recorreu ao traçado menos gravoso».
A notícia da «SIC» fala ainda de alegadas «pressões» por parte da CCDR Centro para que técnicos superiores alterassem o parecer que considerava inviáveis todos os traçados propostos pela RAVE para o projecto de Ligação Ferroviária de Alta Velocidade, entre os concelhos de Alcobaça e Pombal.
Opinião do CCDR «é que importa»
Ainda segundo a «SIC», este processo terá resultado no afastamento compulsivo dos técnicos em causa da comissão de avaliação do projecto.
Nunes Correia disse que os técnicos «não são porta-vozes da instituição» e o que «importa é a opinião» da CCDR.
«A direcção desta instituição é que tem que veicular as opiniões», sublinhou.
Sobre a audição pedida pelos partidos da oposição ao ministro do Ambiente para prestar esclarecimentos sobre as notícias divulgadas, Nunes Correio disse que «sempre» esteve disponível para prestar declarações.
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