As taxas Euribor voltaram a subir esta segunda-feira para novos máximos de 2000, depois da tendência de ganhos na semana passada.

A Euribor a seis meses, o indexante mais usado no crédito à habitação no nosso país, ultrapassou os 5,12% e a Euribor a 12 meses atingiu os 5,429%, valores mais elevados desde 2000. Já a Euribor a três meses contrariou o sentimento ao cair para os 4,961%.

Esta inclinação surge depois do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ter admitido novos aumentos dos juros na Zona Euro já no próximo mês de Julho. A acontecer, esta subida pode ser a pior das notícias para muitas famílias, que têm créditos contraídos, sobretudo à habitação.

Os analistas consideram que os bancos vão continuar a precisar de se financiarem e, por isso, as perdas relacionadas com o mercado de crédito devem prolongar-se.

A estabilidade de preços, que passa por manter a inflação controlada, de preferência abaixo dos 2%, é o principal objectivo do banco central e está cada vez mais difícil de alcançar. O BCE acredita que a inflação deverá continuará elevada por mais uns tempos.