«É uma subida sem precedentes; não víamos um aumento destes em décadas», afirmou Gurria numa entrevista televisiva.
A OCDE lança esta terça-feira previsões, nas quais irá prever a contracção de 4,2 por cento para 4,3 por cento para os países mais industrializados do mundo, disse Gurria.
Estes números contrastam com as previsões de Novembro, que apontavam para 0,3 por cento de contracção.
A recessão a nível global mostra que os países precisam de fazer mais para levantar as suas economias da crise instalada.
«Um pacote de medidas modesto não é o suficiente, porque a recessão foi muito mais profunda do que pensávamos; por isso, precisamos de mais para sair da crise».
Os líderes do G20 vão encontrar-se em Londres, no dia 2 de Abril para tentar encontrar uma resposta comum à crise. Os Estados Unidos apelam para que as nações europeias despendam mais nos planos de estímulo para limitar os efeitos do abrandamento económico. Os governos europeus têm resistido a gastar mais depois de terem passado anos a tentar reduzir os défices orçamentais.
«Alguns países, como os Estados Unidos, estão a forçar o aumento dos planos de estímulo, porque estão a fazer grande esforço; assim como a China», diz Gurria. «Não podem carregar toda a gente aos ombros»; é preciso que todos contribuam.
RELACIONADOS
Empresas de marca acusam hipermercados de causar desemprego
Crise ameaça 2 mil empregos na indústria farmacêutica
Espanha: sector dos serviços continua a perder empregos
Rescisões amigáveis vão pagar Segurança Social
Desemprego nos EUA sobe para valor recorde de 5,56 milhões
Governo vai defender emprego «até onde for possível»