Presente no Soccerex para abordar as competições da UEFA, Giorgio Marchetti, secretário-geral do organismo rege o futebol europeu, aproveitou para explicar a criação da nova competição europeia de clubes, a, para já, «UEL2» – nome será anunciado «em breve».

Objetivo principal: incluir mais clubes nas competições europeias.

«Esta competição criou-se para dar mais oportunidades a certos clubes de jogarem na Europa. Estamos focados em oferecer mais oportunidades a clubes na Europa e é isso que vai acontecer na época 2020/2021. Teremos três competições – Liga dos Campeões, Liga Europa e UEL2 – com 32 equipas cada», explicou.

«Superliga europeia? Vamos destruir o futebol europeu»

«Tal como acontece com a Champions e a Liga Europa, também esta nova prova terá ligação com as restantes: As competições estarão ligadas entre si, o que vai gerar mais competitividade, porque a terceira posição de cada grupo passa a disputar a competição abaixo.»

Contas redondas, mais de 90 clubes disputarão provas europeias a partir de 2020, o que significa «mais jogos e mais receitas», até porque os «direitos serão centralizados».

Marchetti não fugiu também das mudanças de paradigma que se verificam todos os dias no futebol, e diz que a UEFA está alertada para a situação, com ênfase para a diferença entre as denominadas «Big 5» e as restantes ligas.

«Sabemos que há muitos desafios que se aproximam, não só por causa dos elementos ligados ao futebol mas também devido às mudanças globais. As «Big 5» – Premier League, Serie A, La Liga, Bundesliga e Liga francesa – estão a aumentar a sua riqueza e as outras ligas estão a ficar cada mais vez distantes. Temos de ter em conta esta situação, isto afeta a competitividade do futebol. Há muitos clubes médios que pedem mais participação na Europa e temos de ter isso em conta no futuro das nossas competições» defendeu.

Por fim, Marchetti fez ainda um pequeno balanço da Liga das Nações, prova que se estreou o ano passado e que foi conquistada pela Seleção Nacional.

O dirigente da UEFA falou no aumento de competitividade que a competição trouxe ao panorama de seleções e que permite desfrutar da essência do futebol: a emoção.

«Isto é a essência do futebol, dar emoção às pessoas. A Liga das Nações foi um sucesso e espero que continue a ser, atirou.