A Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira as previsões económicas intercalares para a Zona Euro e cortou a sua previsão de crescimento para este ano para 1,3%, ou seja, menos quatro décimas do que a sua anterior projecção.

Mas Bruxelas reviu ainda a previsão para a taxa de inflação, e em alta, esperando agora que o custo de vida na área do euro cresça 3,6% este ano, mais cinco décimas do que previa em Abril.

Esta previsão apenas engloba valores para as sete maiores economias da União Europeia, mas vai de encontro ao corte efectuado também nas expectativas do Banco Central Europeu (BCE) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No que se refere ao conjunto da UE, as novas previsões de Bruxelas apontam para um crescimento de 1,4%, em vez dos anteriores 2% e uma taxa de inflação de 3,8% e não 3,6%.

Espanha, França e Reino Unido pior do que se esperava

Entre as previsões agora revistas, há algumas fortes revisões em baixa. É o caso das perspectivas económicas para o Reino Unido, França e Espanha. No caso britânico, as expectativas caem dos 1,7 para 1,1%, uma baixa de seis décimas. Já o país vizinho deverá crescer 1,4% e não 2,2%, ou seja, há um corte de oito décimas. Quanto à França, não deverá crescer mais de 1%, em vez dos anteriores 1,6%.

As previsões mantêm-se, no entanto, para a Alemanha (1,8%) e até melhoram para a Polónia, que deverá registar uma expansão de 5,4%.

Os números agora apresentados deixam antever que algumas das grandes economias da UE vão entrar em recessão técnica (dois trimestres consecutivos de crescimento económico negativo). A Alemanha, por exemplo, depois da contracção de 0,5% no 2º trimestre deverá cair mais 0,2% no terceiro.

Já a Espanha, deverá contrair-se 0,1% no 3º trimestre e mais 0,3% no 4º, enquanto que o Reino Unido deverá registar um crescimento negativo de 0,2% nos dois últimos trimestres do ano.



Quanto a taxas de inflação, por países, a Alemanha viu a sua estimativa subir uma décima para 3%, mas pior está a Espanha com a previsão a aumentar sete décimas para 4,5%. No caso francês, há um aumento de cinco décimas para 3,5% e no caso do Reino Unido, de oito décimas para 3,6%.