Os minhotos mudaram de hábitos, reconstruíram a equipa (apenas oito permanências em relação à época passada) e contrataram Jaime Pacheco para o lugar de Manuel Machado. O quinto lugar da última temporada deixou muitas esperanças aos adeptos para mais um bom campeonato, com um treinador que conhece os cantos à casa, e sobretudo para a continuação do bom futebol que preencheu o relvado do Afonso Henriques na última fase da época.
A temporada começou mal a nível interno, com a vitória na quinta jornada, frente ao Marítimo, a apenas diluir o efeito de quatro desaires consecutivos a abrir. Mas a Europa chegou em bom tempo. Frente ao campeão polaco, surgiram dois triunfos que prenunciam que há mais futebol do que o grupo de Pacheco deixou a entender no início da Liga. E, finalmente, com resultados práticos.
A eliminação do Wisla Cracóvia, uma equipa que ganhou experiência nos últimos anos nas competições europeias - como se pode verificar pelo coeficiente que apresenta no «ranking» da UEFA: 32,929 contra 14.739 do V. Guimarães -, não pode ser desvalorizada. Sporting, Sp. Braga e V. Setúbal caíram na Taça UEFA e os minhotos foram os únicos portugueses a manter-se em prova, não permitindo qualquer veleidade ao adversário quer em casa quer na Polónia. A qualificação foi clara, sem sobressaltos.
Jaime Pacheco tem agora uma referência de eficácia a partir da qual pode construir o sucesso. A matéria-prima está lá.