Apesar de Jorge Jesus ter dito que a prioridade deixou de ser o campeonato e ter apostado, por exemplo, frente ao Portimonense, num onze com vários elementos menos utilizados, André Villas-Boas não está à espera de muitas novidades, porque há a defesa da honra encarnada em questão.

Admitindo que as alterações tácticas que Jesus tem efectuado a cada Clássico, tornam «imprevisível» o onze encarnado, Villas-Boas alinha por um discurso de contenção.

«O Benfica não se permitirá ao luxo de fazer o que fez no jogo com o Portimonense, tendo em conta o jogo na Liga Europa. O significado de um porto campeão na luz é o que é. Não sou ninguém para ditar as suas escolhas, mas parece-me pouco provável», afirmou.

Assim sendo, Villas-Boas espera um rival na máxima força. «Espero o Benfica que luta em todas as competições. Fora a Liga dos Campeões e a Supertaça, manteve-se vivo em todas as provas. É uma das equipas de topo da Europa, alimenta como nós o sonho da Liga Europa. Acredito que alimenta o sonho do campeonato, porque o imprevisível acontece. Espero um Benfica com aspirações de ser campeão», anteviu.

Sobre o clima que tem rodeado o Clássico, Villas-Boas lembra que não é muito diferente do que se verifica quase sempre.

«Os Clássicos são quentes por natureza e sempre foram. A rivalidade é assumida e é cultural e é isso que mantém vivo o interesse por cada campeonato e cada clássico, como grande jogo em Portugal. Nada de novo, nada que não se passe de ano para ano», lembrou.