Vítor Pereira reagiu com voz grave às críticas que se seguiram à derrota (4-0) com o Manchester City. O treinador diz que há quem queira atirar areia para os olhos dos adeptos. «Não somos daqueles que vivem de vitórias morais, como quiseram fazer passar», começou por dizer.

No entanto, acrescentou, fica mais do que os números deste embate. «Este clube vive de vitórias concretas. Mas também não é como alguns quiseram fazer passar, que se limitaram a olhar para a eliminatória pelo prisma dos 6-1 final. O resultado não nos orgulha, porque foi demasiado pesado.»

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«Mas no primeiro jogo tivemos dez ou quinze minutos nos quais o City fez um golo que deixou a eliminatória à mercê do seu futebol. Na segunda mão tivemos uma entrada infeliz, mas depois fomos nós próprios e assumimos o jogo. Depois houve aqueles dez minutos em que, por todo o esforço despendido na busca do resultado e com um jogador a menos, o City acaba por marcar»

«Não podemos perder meio ponto sequer»

Por isso Vítor Pereira garante que o que fica da eliminatória não é apenas a expressão dos números: e lembrou os aplausos dos adeptos à chegada ao Aeroporto Sá Carneiro. «Podem tentar enganar o público falando só dos números, mas a nós não nos enganam. Não saímos da eliminatória como coitadinhos porque não somos coitadinhos.»

«Os nossos adeptos são exigentes, mas também conseguem perceber quando a equipa se entrega de corpo e alma ao jogo, como fizemos», completou.

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Ainda sobre o jogo da última quarta-feira, Vítor Pereira foi questionado sobre a exibição de Alex Sandro e a escassa produtividade ofensiva de Hulk, nos últimos jogos. O técnico não quis «individualizar».

«Não gostei do resultado, nem dos dez minutos em cada um dos jogos onde consentimos golos. Mas em termos gerais gostei do comportamento da equipa», garantiu.

Por fim, ainda neste campo, Vítor Pereira recusou comentar as palavras de Jorge Jesus que, na véspera, disse que esperava uma «eliminatória mais equilibrada entre F.C. Porto e Manchester City».

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«Felizmente conquistámos liberdade neste país há muitos anos. Qualquer pessoa, desde que o queiram ouvir, pode manifestar a sua opinião. Eu não tenho nada a comentar», concluiu.

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