Depois de duas épocas em bom nível no Vitória de Guimarães, João Carlos Teixeira fez as malas e voou para os Países Baixos, para representar o Feyenoord.

Na primeira época no clube de Roterdão, o médio português fez 22 jogos, ele que já tem no currículo vários clubes no currículo, como o Sporting – na formação –, o Liverpool, o FC Porto ou o Sp. Braga. Numa conversa com Pedro Ribeiro, para o Maisfutebol, João Carlos Teixeira conta como tem sido a experiência no Feyenoord e recorda alguns episódios da carreira em Portugal, nomeadamente das passagens por Guimarães, Braga e Porto.

«O Feyenoord é um clube de topo, os adeptos agora voltaram, mudam muito o ambiente no estádio, não tem nada a ver com o ano passado. Os adeptos do Feyenoord são doidos, são como os do Vitória de Guimarães. É classe trabalhadora da cidade, que sentem as coisas, um bocado como o Liverpool, vibram muito», disse o médio português.

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«Tenho ideia de que [os adeptos] gostam de mim, gostam da forma como jogo, pelo menos pelos comentários que leio», continuou João Carlos Teixeira. «Gosto muito de estar aqui, o que mais dificulta é o facto de não ter muito sol. Porque as condições dos clubes são parecidas às de Inglaterra. As instalações na Academia e no estádio são de topo, o clube é muito organizado. A cultura holandesa é muito à frente, os latinos são mais desleixados, por assim dizer», comentou,

Questionado pelas razões pelas quais não se afirmou em definitivo em Portugal, o médio explicou:

«No FC Porto foi o que mais me custou, comecei bem a pré-época, estava tudo a correr bem, mas depois fui emprestado sem razão aparente e depois só voltei a jogar quase em janeiro. No Sp. Braga as coisas estavam a correr bem, mas depois do jogo frente ao Marselha tive uma apendicite, tive de parar um mês e meio e foi um corte muito grande na época, ainda por cima no fim. E as pessoas recordam-se como acabamos a época, não como começamos. Acabei mal porque acabei a não jogar, mas estava a correr-me bem.»

Abel era o treinador do Sp. Braga e João Carlos Teixeira admite uma justificação para não ter sido opção, quando recuperou. «Quando voltei, a equipa estava muito bem. Estávamos com resultados muito bons. E entendo que seja difícil para um treinador que mude alguma coisa quando a equipa está muito bem. Não jogamos sozinhos, é uma equipa e às vezes o treinador tem de pensar nisso», declarou.

Pedro Ribeiro apelidou João Carlos Teixeira como «um dos corajosos que foi do Sp. Braga para o Vitória de Guimarães» e questionou o jogador sobre essa mudança.

«Eu sou de Braga, moro em Braga, mas não foi muito difícil. Nunca tive problemas na rua. Se a voltar, voltaria para Sp. Braga? Não sei, nunca pensei sequer em voltar para Portugal», concluiu.