O Rio Ave somou três pontos neste arranque do campeonato num jogo marcado por três expulsões e parece querer mostrar que jogar em casa já não é tão complicado para a formação dos Arcos. O V. Setúbal, que fez este domingo o primeiro jogo oficial, mostrou que ainda há muitas peças para afinar.

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A tarde de calor em Vila do Conde não fazia antever que a temperatura no relvado iria subir tanto, mas a verdade é que, se o jogo começou morno, os ânimos já vinham quentes dos últimos dias, por causa da troca de acusações acerca da data do jogo.

A jogar em casa, e com três jogos oficiais já em cima, o Rio Ave entrou melhor no encontro. Logo aos seis minutos, Tarantini obrigou Lukas Raeder a uma boa defesa, e o guardião da formação sadina ainda viu o perigo passar perto após um remate de Boateng.

Depois, a meio da primeira parte, o V. Setúbal cresceu no jogo e começou a dominar. Aos 33 minutos, Manu corria isolado para a baliza do Rio Ave. Cássio saiu até à entrada da área e a defendeu para a frente, mas Forbes, que apareceu para a recarga, rematou muito por cima.

O jogo continuava numa toada morna, apenas intercalado, uma vez por outra, com lances de perigo de uma e de outra equipa, mas a história do encontro mudou ao minuto, quando Filipe Augusto viu o cartão vermelho direto por agressão a Forbes mesmo em frente ao árbitro. Uma saída prematura naquele que poderá ser o último encontro do médio pelo Rio Ave.

Ao intervalo, Pedro Martins mexeu na equipa. Tirou Del Valle para entrar Pedro Moreira, mas a grande diferença foi o facto de o jogo a meio campo passar todo pelos pés de Ukra.

Apesar de o V. Setúbal ter feito subir toda a equipa, ocupando o meio campo do Rio Ave, foi a equipa da casa quem chegou ao golo. Uma grande arrancada de Ukra, que só parou na área adversária, Boateng a atirar à trave e Diego Lopes, a surpresa do onze rioavista, na recarga, a enviar para o fundo da baliza.

A desvantagem numérica passou a vantagem no marcador e o Rio Ave moralizou-se. Logo de seguida surgiram mais três ocasiões para aumentar a vantagem.

Pelo contrário, o V. Setúbal ia-se afundado. A equipa sadina ficou cada vez mais nervosa e Zequinha acabou mesmo por ser expulso, após uma agressão a Lionn. Gerou-se um alarido no relvado, que não ajudou a acalmar os ânimos, e ,só após intervenção dos dirigentes do V. Setúbal, o jogador deixou o relvado.

O Rio Ave continuou a pressionar e, aos 77 minutos, na sequência de um canto batido por Ukra, Marcelo, mais um jogador que está de saída, quis despedir-se em beleza e cabeceou para o 2-0.

Já quase em cima dos 90 ainda chegou mais uma expulsão. Manu, que já tinha um amarelo, viu o segundo após uma entrada dura ainda longe da área. Uma atitude escusada do jogador que mais perigo criou à baliza do Rio Ave, mas que deixou assim o V. Setúbal reduzido a nove jogadores e completamente arrasado no jogo.

O apito final chegou com o marcador ainda em 2-0, mas com o Rio Ave a pressionar para tentar aumentar a vantagem. Já o V. Setúbal suspirou de alívio perante o fim de um jogo que se tornou complicado demais, por culpa própria.