Magnus Carlsen, memorize este nome: o norueguês sagrou-se esta sexta-feira campeão mundial de xadrez. Dito assim até parece nem ser nada de especial, mas nesta altura convém dizer que a Europa Ocidental não tinha um campeão mundial de xadrez desde 1975.

Desde que Bobby Fischer, o xadrezista norte-americano naturalizado islandês, perdeu o título para o russo Anatoly Karpov em 1975, que nenhum ocidental era campeão mundial da modalidade.

Sim, Magnus Carlsen fez história.

Para além de resgatar um título que nos últimos anos andava sempre pela Europa de Leste e pela Ásia, o norueguês tornou-se o segundo mais novo xadrezista de sempre a ser campeão mundial: conseguiu-o com 22 anos e 11 meses, enquanto Kasparov ganhou o título com 22 anos e 6 meses.

Esta sexta-feira, Magnus Carlsen só precisou de um empate para bater o indiano Viswanathan Anand (vinte anos mais velho e cinco vezes seguidas campeão mundial), em Chennai, na Índia, e garantir o título pelos parciais de 6,5 contra 3,5 do adversário, num total de 10 jogos.

Com o triunfo, o jovem norueguês levou para casa 600 mil euros, enquanto o adversário ficou com os restantes 400 mil euros.

Mais importante do que o dinheiro, é o que ele significa.

No final da vitória, Magnus Carlsen não conteve a alegria e soltou em conferência de imprensa a vontade de celebrar muito esta vitória. «Vamos escrever os livros de história depois», brincou.