O Benfica foi uma equipa admirável esta terça-feira, em Basileia, para a Liga dos Campeões.

Bem construída, madura, a equipa do Benfica segurou o jogo quase desde o início e só o largou um pouco quando já nada poderia ser alterado.

Para o treinador foi excelente.

O treinador escolheu Bruno César (começa a ser um caso muito sério de utilidade e eficiência) e ele fez mais um golo. O treinador escolheu, para surpresa de todos, o jovem Rodrigo e ele permitiu o golo inaugural com uma simulação digna de craque. Por último, o treinador lançou Cardozo e o paraguaio, nada incomodado com o frio do banco, rematou o livre para a baliza e festejou.

Quando foi preciso, o Benfica teve ainda Artur, um guarda-redes que vale pontos, que está lá nos momentos decisivos, como os heróis de filme americano.

O plano de Jesus funcionou na perfeição, logo no dia em que chegou ao recorde de Eriksson, um treinador com um cantinho especial no coração dos benfiquistas.

Jesus é tudo menos Eriksson.

Falta-lhe quase tudo o que o sueco tinha (e perdeu, algures pelo caminho), o que de resto se viu no final, com aquela expulsão vulcânica e sem sentido. Mas Jesus tem o enorme mérito de parecer incapaz de respirar sem futebol e de, com tempo, conseguir esconder os pontos fracos que possui atrás do bom trabalho que vai fazendo no Benfica.

E assim, contra muitos prognósticos, tudo indica que ainda este ano passará a ser o treinador do Benfica com mais vitórias europeias. E a contagem prossegue.