O Nacional pode perder o quatro lugar no final desta jornada na sequência do empate averbado este domingo em Arouca. A distância para o Estoril, que recebe amanhã o Sp. Braga, está agora em dois pontos e, em caso de vitória «canarinha», a equipa de Manuel Machado cairá para o quinto posto.

Os madeirenses, verdadeiros especialistas em jogos fora (não perdem desde a visita à Luz, a 27 de Outubro do ano passado), somaram, ainda assim, o 11º jogo consecutivo sempre a arrecadar pontos.

Mérito para os comandados de Pedro Emanuel, que atravessam um bom momento, e conseguiram abrandar a marcha europeia dos alvinegros. Têm agora a palavra os pupilos de Marco Silva. A luta promete.

O jogo teve, passando o jargão, duas partes distintas. Uma primeira etapa em que ambas as equipas quiseram jogar futebol, atacaram, e proporcionaram bons momentos, e uma segunda em que apostaram em manter o empate, sobretudo os forasteiros.

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O Arouca teve uma entrada forte na partida, que surpreendeu os insulares. Sampaio e Lassad estiveram a ponto de marcar, mas foi só à terceira, depois de um quarto-de-hora em altas rotações, que os donos da casa abriram o marcador por André Claro.

O Nacional tentou reagir, beneficiou de algumas situações na área arouquense, mas a finalização, por culpa do relvado ou da inépcia dos avançados, não foi a melhor. Foram ficando os avisos, até que Rondón atirou à trave. O Arouca deveria ter sabido ler os sinais.

Os insulares encontravam facilidades para entrar na defesa «canarinha», mercê de boas variações de flanco, passes seguros e incisivos, e, numa dessas combinações, Marçal, em ação ofensiva, rematou tão colocado que Cássio nada podia fazer.

Os ânimos ainda animaram por uma decisão de Jorge Sousa, que assinalou mão de Marçal perto da quina da área, mas não lhe mostrou o segundo amarelo. Nesta altura, o Nacional dominava a partida, enquanto o Arouca explorava o contra-ataque, mas revelava-se macio a defender, sobretudo a disputar as segundas bolas.

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Os riscos corridos na primeira parte, por ambas as equipas, foram, todavia, bem mais difíceis de ver na segunda metade do jogo. Mais cautelosos, arouquenses e madeirenses deram primazia a um jogo mais posicional e menos desequilibrante.

Ainda assim, houve oportunidades para ambos os lados para desempatar a partida, mas também estavam em campo dois bons guarda-redes, que foram conseguindo manter as suas redes a salvo.

Sobretudo Cássio, com um par de grandes intervenções sobre o correr do pano. Um ponto para cada lado, que terá deixado ambos os técnicos satisfeitos.