No entender do responsável, este crescimento de 1,8% da economia para o próximo ano, representa uma revisão em baixa de 0,2% em relação ao número avançado pelo FMI no Verão e que se situava nos 2%.
Para Vítor Constâncio, a previsão do BdP é mais optimista, uma vez que, se cifra nos 2,2%. «1,8% é sinistro, excessivamente pessimista e difícil de justificar com as informações que temos actualmente disponíveis», salienta.
Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal (BdP), considera ainda que a taxa de crescimento prevista pelo Governo, de 2,2%, é um «cenário que está dentro do intervalo de possibilidades», acrescentando ainda que «estamos num momento de grande incerteza, e que qualquer previsão deve ser lida num contexto de intervalo».
O presidente do órgão regulador chama, no entanto, a atenção de que no próximo Boletim de Dezembro poderá haver uma revisão deste número (2,2%), uma vez que, para este «há mais informação para poder afinar as previsões».
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