O presidente do Belenenses, Patrick Morais de Carvalho, acusou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional de fomentar a prática de «crimes de desobediência qualificada», ao permitir a utilização do termo «Belenenses SAD» nas suas provas.

«Se a Liga e o seu presidente não alterarem o seu comportamento (tal como o fez a Federação Portuguesa de Futebol), o Clube de Futebol 'Os Belenenses' considerará essas práticas como usurpação e uma disponibilização de meios indispensáveis para serem praticados, todos os dias, crimes de desobediência qualificada, para além de todas as consequências ao nível da propriedade industrial, tanto para os mesmos, como para os seus patrocinadores», advertiu Patrick Morais de Carvalho.

Em carta aberta enviada a sócios e adeptos do clube, o presidente do emblema do Restelo acusou igualmente o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e o atual secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, de terem igual comportamento.

«Para ser ainda mais claro, quando o campeonato começar na próxima sexta-feira, a equipa da B-SAD não pode ser apresentada pela Liga como 'Belenenses', nem como 'Belenenses SAD', tão pouco confundir-se com o nosso clube. Também contribuem para que o crime seja praticado e o nosso património usurpado o IPDJ e o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, porque continuarão a abrir a porta do Estádio Nacional do Jamor para que a B-SAD suba as escadas e, do ponto mais alto, continue a atirar sobre o património material e imaterial do clube», frisou.

Patrick Morais de Carvalho apresentou formalmente na segunda-feira a recandidatura à presidência do clube da Cruz de Cristo – cuja cisão com a SAD, participante na I Liga, chegou aos tribunais -, que tem eleições marcadas para 17 de outubro.