Seis meses a alto nível na equipa principal do Benfica bastaram a Jan Oblak para se afirmar como um dos melhores guarda-redes da Europa e dar o salto para o Atlético de Madrid, de Diego Simeone, em 2014.

Mas as coisas podiam ter sido bem diferentes.

O guarda-redes esloveno foi contratado pelas águias em 2010, mas foi somando sucessivos empréstimos até ter a oportunidade de ficar no plantel encarnado em 2013/14. No entanto, Jorge Jesus foi mantendo a confiança em Artur Moraes, dono da baliza na primeira metade dessa temporada.

Ora, adivinhava-se mais um empréstimo de Oblak nessa altura, até que apareceu Oscar Cardozo, goleador e, pelos vistos, diretor-desportivo nas horas vagas, a impedir que o então presidente Luís Filipe Vieira avançasse com essa decisão.

«O guarda-redes a quem foi mais difícil fazer golos? Oblak, meu colega de equipa. Até tenho uma história sobre isso. No final dos treinos, ficávamos a treinar finalização e custava-me muito fazer-lhe golos», começou por contar Cardozo, agora avançado do Libertad, do  à Versus.

«Vou contar um segredo: ele ia ser emprestado e nessa altura o presidente [Luís Filipe Vieira] chamou-me, a mim e ao meu empresário. Sentámo-nos no escritório com ele e nesse momento chegou um papel com uma fotografia do Oblak. “Que se passa, presidente?”, perguntei. “Vai ser emprestado”, respondeu. “O Oblak vai ser emprestado? Não, é o melhor guarda-redes que temos”. Vieira perguntou-me se eu estava a falar a sério e eu disse que sim. Ele acabou por ficar, acabou por ser titular e foi vendido ao Atlético de Madrid», acrescentou.