A boa exibição de Darwin Núñez frente ao Barcelona catapultou o uruguaio para outro nível no que respeita ao universo europeu, de tal forma que o jornal Marca lhe dá um grande destaque na edição online desta sexta-feira.

A publicação espanhola junta várias figuras que acompanharam a evolução do avançado do Benfica para falarem sobre a mais recente exibição ante o Barça, assim como o futuro do jovem de 22 anos. E há testemunhos importantes, como o do compatriota Diego Forlán, por exemplo.

«Creio que tem algumas coisas de Cavani e Suárez. Fisicamente é bom: é alto e muito forte. Tem de continuar a trabalhar porque tem potencial… e muito», diz o antigo jogador do Atlético de Madrid, melhor jogador do Mundial 2010, na África do Sul.

Uma ideia corroborada por Fabián Coito, treinador que estreou Darwin nos sub-20 da seleção uruguaia: «Do ponto de vista físico e de movimento é parecido com o Cavani, mas em termos de agressividade assemelha-se com o Suárez. É uma bomba. A maneira como ataca os espaços, com a sua passada e a sua velocidade, é mortal para os defesas.»

Também Grimaldo, companheiro de Darwin nas águias, lhe dedica elogios: «O que mais impressiona é a potência que tem. Se arranca, ninguém o para. E depois tem a capacidade goleadora, essa é mais visível.»

O português José Gomes treinou-o no Almería, antes da mudança para Lisboa, e lembra um atleta humilde. «É muito forte e rápido, sobretudo para quem mede 1,90 metros. É uma besta, um atleta. Além disso, é muito humilde. Está sempre disposto a aprender. Se juntarmos todos esses ingredientes, tem potencial para ser um jogador de topo», disse o atual técnico do Al Taawoun.

Mas nem tudo foram favas contadas no percurso de Darwin, segundo conta ‘Chino Lasalvia’, o homem que descobriu o avançado do Benfica.

«Chegou ao Peñarol com 12 anos, mas não ficou. Em vez disso, escolheram o seu irmão, o Júnior. O Darwin voltou com 15 anos e já não saiu. Notava-se que fisicamente era distinto», afirmou, também à Marca.

«Sofreu muitas lesões. A mais grave, e que quase o deixou fora do futebol, foi a rotura de ligamentos. Não recuperava, surgia sempre alguma complicação. Inclusivamente tivemos problemas com o departamento médico do Peñarol. Fui eu que o fiz ver que podia, que a vida era só uma batalha interna na sua cabeça», atirou.