*Enviado-especial ao Brasil
O Benfica foi, naturalmente, tema obrigatório. «Está a jogar muito bem. É uma equipa muito forte, muito competitiva. Cresceu muito desde o meu tempo, mas é normal. Agora tem um estádio moderno, um centro de treinos e consegue comprar jogadores que interessam a muita gente. Vi muitos jogos e gostei. A equipa tem muita personalidade e joga bom futebol», analisou.
O técnico está a passar por uma fase de algum alheamento do futebol, depois de deixar o cargo de selecionador chinês. Para já vai focar-se no trabalho como comentador. «Não sei ainda o que vou fazer na próxima época, mas agora, depois da experiência na China, quero alguma tranquilidade», explica.
Voltar a Portugal é uma hipótese difícil. E não é por falta de propostas: «Já tive abordagens no passado de outros clubes portugueses. Não vou dizer aqui os nomes, claro. Não aceitei. É difícil voltar. Sinto-me benfiquista e estar noutra equipa que não o Benfica…é difícil.»
O campeonato português terá, este ano, um técnico espanhol, contudo: Julen Lopetegui, no FC Porto. Camacho dá aval positivo.
«Creio que o FC Porto acertou. Aliás, o FC Porto acerta muitas vezes nas contratações e acho que este ano com Lopetegui vai estar muito forte outra vez», projeta.
«Portugal? Se Ronaldo estiver bem…»
Em relação ao Mundial, Camacho espera uma prova «mais difícil para Espanha».
«Estamos num país de futebol como é o Brasil e todos querem ganhar a Espanha, todos querem eliminar o campeão. Favoritos? Brasil, Espanha e Argentina. Mas quando se pensa no Mundial tem de se ver como estão a jogar todos», sublinha.
Em 2010 ficou famosa a forma efusiva como Camacho gritava os golos da Espanha. O técnico não promete repetir, até porque «toda a gente festeja os golos de forma diferente». Mas também não nega.
«Se é para gritar para estar na final, então pode ter a certeza que o farei», atira, entre risos.
Por fim, Camacho falou das possibilidades de Portugal, que diz «depender muito» de Cristiano Ronaldo. «Vamos ver se ele está bem ou não», diz.
«Se não estiver é muito diferente. É um jogador que pode fazer um golo em qualquer momento e o futebol é assim, é momento», remata.
[artigo original: 17h51]
