A gestão do plantel por parte de Roger Schmidt na última época deu muito que falar. Ao longo dos mais de 50 jogos realizados pelo Benfica, o treinador alemão apostou quase sempre no mesmo onze base, implementando alterações esporádicas.

Há dias, em entrevista a uma televisão norueguesa, Andreas Schjelderup, que entretanto foi emprestado ao Nordsjaelland, lamentou a falta de oportunidades e Amanda Veríssimo, esposa de Lucas Veríssimo, deu conta do desânimo do defesa brasileiro pela falta de oportunidades.

Roger Schmidt, que já assumiu ter mais opções em 2023/24 para gerir o plantel de outra forma, considera ter tomado as decisões certas na época passada, que terminou com a conquista do título de campeão nacional  que escapava aos encarnados desde 2018/19. «Se não estivesse feliz [pela forma como rodou a equipa], teria mudado. A minha responsabilidade no Benfica é ganhar jogos. Os nossos objetivos são ambiciosos», vincou, referindo que cabe aos jogadores fazerem-no mudar de ideias.

«Todos os jogadores têm a mesma oportunidade de jogar. Não faço distinções entre nenhum jogador. Os melhores jogam. E quem joga bem e tem sucesso tem mais hipóteses de continuar a jogar. Quando não se está no onze inicial, é preciso paciência. Tem de se estar muito bem nos treinos, e quando se entra há que aproveitar esses minutos», disse.

Schmidt deu depois vários exemplos de jogadores que acabaram por assumir lugares de destaque no plantel depois de começarem no banco ou de não serem, sequer, opções, como João Neves no início da temporada passada. «Vejam o João Neves, o Chiquinho, o Aursnes e o Bah no início. Vários jogadores aproveitaram os momentos que tiveram. (…) Não é uma obrigação estar sempre a rodar jogadores no onze. Isto é o futebol profissional e precisamos de ganhar jogos. É só isso que importa no Benfica», concluiu.