Erwin Sánchez falou esta quarta-feira pela primeira vez à imprensa desde que foi anunciado como novo treinador do Boavista.

O técnico boliviano, que substituiu Petit no cargo, admitiu que a situação da equipa «não é nada fácil», mas apelou à união e à coragem, a começar já na receção ao Estoril, agendada para esta sexta-feira às 20h30.

«Temos quatro dias de trabalho e alguns jogadores têm mais dificuldades do que outros em entrar na ideia e na filosofia de jogo que queremos implantar, mas isso consegue-se com muito trabalho. Eles estão dispostos para isso e assim torna-se menos complicado», referiu.

«Temos de pensar sempre que o Boavista tem que entrar em campo para ganhar, com a ajuda dos adeptos. Com a união de todos, podemos sair desta situação», apelou.

Sánchez, que enquanto futebolista deixou marca nos axadrezados nos anos 90 e 2000, deu a receita para o que quer do «seu» Boavista: «[Queremos] jogar sempre para ganhar os jogos, seja em casa seja fora, contra qualquer equipa. A mentalidade tem de ser essa. Temos jogadores para isso e temos de trabalhar muito mais do que os outros, porque estamos a começar uma nova etapa.»

O novo técnico dos axadrezados falou ainda sobre o que o levou a voltar a Portugal. «Foi com muita alegria que o recebi, porque sempre tive o sonho de poder voltar a trabalhar em Portugal. Temos que aproveitar da melhor maneira. Sabemos que a situação não é nada fácil, mas temos muita confiança no nosso trabalho», reiterou antes de admitir um certo embaraço por ter sucedido ao «amigo» Petit, entretanto anunciado esta quarta-feira como novo treinador do Tondela.

«Os tempos que passámos no Boavista foram espetaculares e criámos uma amizade que vai mais além disso, mas o futebol é assim, tem este tipo de situações. Não ficámos contentes por vir substituir um amigo, mas o futebol é isto», concluiu.