O Palmeiras de Abel Ferreira é líder destacado do Brasileirão e, na última madrugada, foi ao Chile bater a Universidad Católica (1-0) em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Taça Libertadores. Uma vitória que, segundo o treinador português, foi arrancada pelo «perfume do suor» dos seus jogadores.

«Sabíamos que era um jogo muito difícil. Fizemos um estudo dos últimos resultados das equipas brasileiras aqui e não foi bom. É uma equipa com histórico na Libertadores, uma equipa competitiva, e ganhámos aqui porque fomos competitivos, organizados e inteligentes perante um adversário forte, com uma pegada forte, uma equipa intensa», começou por analisar o treinador no final do jogo.

Perante as previsíveis dificuldades, Abel Ferreira preparou uma equipa de combate. «Sabíamos pelo estado do gramado e pelo adversário que seria um jogo mais para competir do que de grande qualidade técnica. Fizemos um bom jogo no sentido competitivo. Eu gosto de um bom perfume, mas para ganhar o jogo foi o perfume do cheiro do suor e o trabalho que nos fez ganhar», acrescentou.

Uma vitória em casa do adversário, mas para Abel Ferreira a eliminatória está totalmente em aberto. «Sei que o Palmeiras é grande, mas temos de valorizar o mérito do nosso adversário. Temos de respeitar muito, conseguimos um bom resultado, mas nada está fechado. Temos de continuar alerta, focados, vamos recuperar porque temos um jogo daqui três dias. É o nosso destino, estar sempre a competir e a jogar», destacou.

A verdade é que o Palmeiras já tem uma sequência de treze jogos sem derrotas no papel de visitante na Libertadores, um recorde na competição. «Significa que quanto mais ganhamos mais cobranças vamos ter. O passado recente diz isso. Ganhamos a Taça, a Libertadores, e um mês depois estávamos a ser cobrados. Quanto mais aumentamos o sarrafo, mais temos de aumentar nossa determinação, disciplina e exigência. É o preço que se paga quando se ganha. Quem veste esta camisola, quando assina um contrato, sabe que é uma obrigação», comentou ainda.