Schaars, Ilori, Montero, Bruma, Elias, Evaldo, Bojinov... Bruno de Carvalho falou um a um de vários casos relativos à definição do plantel do Sporting.

Antes de mais, Ilori. «Quando diz numa entrevista que está preparado para ficar dois anos sem jogar, tenho de dizer que o negócio Ilori foi um negócio magnífico», começou por dizer.

«Há jogadores que quando não querem estar num clube estão preparados para ficar sem jogar. A primeira proposta que o Sporting teve, trazida por um empresário, foi 625 mil euros. Já se pode ver como evoluímos.»

Bruma, agora: Bruno de Carvalho deu a entender que havia um clube rival por detrás da recusa do extremo em voltar a Alvalade.

«Aqueles clubes que pulularam à volta do Bruma... tenho tantas documentos em minha posse, um dia vou divulgá-los. Se calhar as pessoas vão ficar surpreendidas», disse.

«Há pessoas que julgam ser muito inteligentes e na própria noite da decisão da CAP tentaram marcar uma reunião com os representantes do jogador para convencê-lo a embarcar nessa mesma noite para um clube estrangeiro porque venceria na FIFA.»

Bruma e Ilori saíram por isso do Sporting por valores de cerca de vinte milhões de euros e blindados, referiu o presidente. «Nos próximos quatro anos não poderão jogar nos nossos rivais.»

Rui Patrício também esteve em cima da mesa. «É um atleta especial e que não podíamos deixar sair por qualquer motivo: o Sporting definiu uma verba, o Mónaco fez uma oferta, não se aproximou dessa verba e portanto o Sporting defendeu apenas o seu ativo.»

>Schaars gerou um comentário mais irritado. «Houve uma entrevista em que o Schaars dizia que o Sporting ia lutar pelo quarto, quinto ou sexto lugar», lembrou.

«Nós sabíamos que isto era a maneira de pensar dele. Acham que queríamos um jogador assim no plantel? Têm que deixar a direção fazer o seu trabalho porque se calhar sabemos algumas coisas que outras pessoas não sabem. Queremos um grupo de trabalho que só pense em vencer.»

Montero, repetiu, «vai ficar no Sporting pelo menos cinco anos». «Fomos à procura de um jogador que não interessasse aos rivais», ironizou Bruno de Carvalho, ele que referiu que sempre que o Sporting fazia perguntas sobre um jogador e essas perguntas surgiam na imprensa, o jogador em causa ia parar a um rival.

Um desses casos foi Pizzi. «Estivemos de facto interessados em Pizzi e ele foi um jogador que esteve interessado em vir para o Sporting, como referiu em algumas entrevistas.»

Os casos mais sensíveis ficaram para o fim. Antes de mais, Elias. «Se um jogador acha que tem razões para ir à FIFA, deve ir. Até lhe damos o email de contacto», referiu.

«Mas vamos deixar-nos de palhaçadas. O caso Elias não aparece do nada. Ele está no Brasil, chega uma nova direção e em vez de vir a Alvalade falar connosco dá uma entrevista a dizer que lhe devem oito meses. O Sporting não lhe deve absolutamente nada.»

Na mesma situação está Evaldo. «Faz algum sentido? O Elias ainda está no Brasil, mas o Evaldo está ali, está connosco, estamos a conversar e a negociar possibilidades e de repente vem para os jornais dizer que o Sporting lhe deve dinheiro? Não é verdade: o Sporting não deve nenhum salário ao Evaldo.»

Bojinov, Labyad e Jeffrén são situações ainda por resolver. Trabalham à parte, mas podem ser reintegrados, garante o presidente.

«Não há portas nenhuma fechadas, o Sporting não pode fechar as portas a nenhum atleta profissional do clube. Há comentadores que dizem que o jogador A ou B devia ser reintegrado para valorizar o ativo: não percebem que se o grupo está unido é por alguma razão», referiu.

«Pedidos de desculpa de alguns jogadores a mim não me interessa, o que me interessa é que façam aquilo para que foram contratados. Quem estiver em sintonia no plantel, tem no Sporting a sua casa, quem não estiver em sintonia tem no Sporting o seu local de trabalho.»