O diretor de comunicação do Benfica, Luís Bernardo, reagiu à reportagem da TVI [vídeo anexo] sobre o caso dos vouchers – dados a árbitros, delegados e observadores da Liga –, afirmou que os 'kits Eusébio' eram dados às claras e admitiu que o valor de algumas refeições tenha atingido os 600 euros.

A notícia da TVI dá conta que a PJ descobriu faturas naquele montante, o que leva as autoridades a considerarem que esse é um forte indício de corrupção desportiva. Luís Bernardo referiu na CMTV que «pode acontecer que uma ou outra pessoa talvez possa ter exagerado».

O diretor de comunicação do Benfica afirmou que «os kits foram oferecidos a todos os árbitros e delegados em todos os jogos, independentemente do resultado e sempre após os jogos e à frente de toda a gente, inclusive de agentes de autoridade».

Luís Bernardo acrescentou que o kit Eusébio «foi valorizado pelo Conselho de Disciplina da Federação e pela UEFA» e questionou: «Como se corrompe alguém depois de um jogo em que perdeu ou delegado vai relatar factos que prejudicam clube? Não teria qualquer lógica.»

O CD da FPF e a UEFA arquivaram o caso e, no caso da instituição que rege o futebol europeu, o diretor dos encarnados disse: «A UEFA não valorizou o valor, mas sim serem oferecidos à frente de toda a gente. É um ato de cortesia e não de aliciamento. Foi oferecido a árbitros, delegados e observadores, depois de cada jogo de forma transparente e às claras. Em todas as instâncias da justiça isso foi realçado. Quando há intenção de corromper, não se faz tão às claras.»

Depois, perante o valor das refeições, de 600 euros, Luís Bernardo afirmou: «Em relação ao aspeto a que se refere, há uma ou outra pessoa que talvez possa ter exagerado quanto aos valores. Não tenho factos, mas pode acontecer que alguém tenha abusado.»

O diretor de comunicação das águias declarou ainda que «se eventualmente o processo avançar», o Benfica «terá oportunidade de esclarecer essas questões, de forma mais transparente».