Aprendeu com Jesualdo Ferreira, cresceu com André Villas-Boas, tornou-se útil com Vítor Pereira e conheceu os métodos de Paulo Fonseca. A longa ligação de Castro ao F.C. Porto permitiu-lhe trabalhar com todos estes treinadores.

Em entrevista ao Maisfutebol - embora a cedência aos turcos do Kasimpasa tenha a anuência do novo técnico - André Castro não podia ser mais elogioso ao falar do homem responsável por levar o Paços de Ferreira à Champions.

Trabalhou mais de um mês com o Paulo Fonseca. Com que ideia ficou dele?

«É um grande treinador, não tenho qualquer dúvida. O F.C. Porto acertou em cheio».

É muito diferente do Vítor Pereira? Como era este novo dia-a-dia no Olival?

«São pessoas e treinadores diferentes. Muito. O Paulo Fonseca vai ter imenso sucesso. É um homem extremamente frontal, privilegia as conversas individuais e não tem problemas em dizer o que tem de ser dito aos jogadores».

O novo meio-campo do F.C. Porto é diferente (leia a ANÁLISE). Como foi a adaptação a este registo?

«A movimentação é um pouco diferente, sim, mas sinto que encaixei bem nessa dupla de médios mais recuados. Os jogadores do F.C. Porto têm uma qualidade magnífica e estão a adaptar-se bastante bem a estas modificações».

A última época foi a melhor do Castro no clube. Qual foi o seu melhor jogo de dragão ao peito?

«Primeiro tenho de destacar a vitória sobre o Benfica no Dragão (n.d.r.: Castro foi suplente não utilizado). É uma noite memorável, inesquecível, pela forma como vencemos e pelo ambiente de loucura no estádio. Depois, claro que adorei o golo marcado à Académica, por ter sido bom (jornada 24, vitória por 0-3)».

O João Moutinho afirmou que escolheria o Castro para sucessor. O que lhe disse ele ao saber que ia sair do Porto?

«O João é um grande amigo e quer, acima de tudo, que eu seja feliz. Vai seguir com atenção o que eu fizer e continuaremos a ser grandes amigos, mesmo em clubes diferetes».

Gostou da estreia do F.C. Porto no campeonato?

«O mais importante era vencer e conseguimos isso. O Setúbal mostrou ter uma boa equipa e tornou tudo muito difícil. Vencemos, lá está, e era isso que importava».

Sem o Castro, o balneário fica com menos um português. Isso preocupa-o?

«Sim, mas em Setúbal o Josué e o Licá foram titulares, por exemplo. A dada altura, sinceramente, nem pensamos se aquele é português, brasileiro ou argentino. Somos todos iguais e tratados da mesma forma. O plantel é excelente».

Sai do F.C. Porto amargurado?

«Sou um homem feliz. Tenho de agradecer as milhares de mensagens que recebi na última semana. Muito obrigado por todo o carinho que os adeptos sempre me deram. Dei tudo pelo clube e estarei eternamente grato a todos».