A AIG prossegue esta terça-feira as negociações com a Reserva Federal, o Tesouro e diversos bancos norte-americanos, indicou um porta-voz da FED, enquanto as acções da maior seguradora norte-americana continuavam sob forte pressão na pré-sessão de bolsa em Nova Iorque, escreve a «Lusa».

O título caiu até 2,70 dólares contra 4,76 dólares no fecho de segunda-feira.

A revisão em baixa pelas agências de notação financeira Standard & Poors, Moodys e Fitch do «rating» da AIG anunciada segunda-feira à noite veio agravar as dificuldades do terceiro grupo segurador mundial que está a lutar pela sobrevivência.

Empréstimo era uma das soluções avançadas

Na segunda-feira, a AIG chegou a afundar-se mais de 61%, após ter-se visto recusado um empréstimo pela Reserva Federal (FED), o que acelerou a queda do título no final da sessão.

O empréstimo era uma das soluções avançadas, a par de um aumento de capital ou da venda de partes dos seus activos para garantir o prosseguimento da actividade.

Depois de ter registado em 2007 lucros de 110 mil milhões de dólares em 2007, a AIG apresentou nos últimos três trimestres perdas de 18,5 mil milhões de dólares derivadas de uma exposição significativa no imobiliário e no mercado da dívida hipotecária, dois segmentos particularmente afectados desde o ano passado pela queda dos preços do imobiliário.

A AIG, que preparava inicialmente o anúncio de uma profundo reestruturação para o dia 25 de Setembro, viu-se forçada a acelerar as negociações para garantir a sua sobrevivência, que poderá passar pela obtenção de um empréstimo de 70 a 75 mil milhões de dólares junto de um consórcio que seria formado pela Goldman Sachs e a JPMorgan, uma solução que terá o apoio da FED.

O colapso da AIG constituirá um problema bem maior do que os registados até agora, frisava hoje em declarações à cadeia americana CNCB, Kenneth Lewis, executivo do Bank of America.